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quarta-feira, 10 de dezembro de 2014

OS 10 MELHORES NOMES DE CARRO



Esta lista é diferente, por não ser uma lista de carros, e sim de nomes interessantes. Olhando para ela, penso que as empresas hoje desperdiçam seu dinheiro contratando consultorias a peso de ouro para criar nomes para carros: basta evocar velocidade, matança, maldade e destruição que o nome será memorável… Depois a gente reclama que ninguém nos entende…

A lista é absolutamente subjetiva, portanto os leitores podem se sentir incentivados a criar suas próprias. É só não se influenciar demais pelo carro em si; o que vale aqui é o nome. Por isso mesmo coisas tão legais como um Nissan GT-R e um Ferrari 599 estão fora: são carros sem nome, coitados. Seus pais lhes deram siglas e números ao invés de um nome de verdade, ato realmente imperdoável para com crianças tão lindinhas…

A eles então, começando do décimo colocado, e ao fim, no nome mais legal já dado a um automóvel, na humilde opinião deste colunista:


10) AMC Matador




Carro horrível, empresa decadente, experiência esquecível ao volante. Mas como ninguém lembrou de colocar um nome desses em um carro antes ou depois, nunca vou entender…

9) GMC Syclone/Typhoon





 Hoje só lembro os nomes: geniais por lembrarem que os carros são devastadoramente rápidos, mesmo no molhado…

8) The Bloody Mary Special





Criado pelo famosíssimo jornalista John Bolster e seu irmão antes da Segunda Guerra Mundial, para competir na famosa prova de subida de montanha de Shelsley Walsh, o Bloody Mary Special era extremamente rústico: chassi perimetral de caibros de madeira, e dois motores V-Twin JAP de motocicleta. Os eixos vieram de Ciclocarro GN, e só. O Bloody Mary era como um Davi matador de gigantes; frequentemente vencia os MG de fábrica e outros carros sofisticados e potentes, e se tornou uma lenda iconoclasta inglesa.

E o que dizer do nome? Com raízes no folclore inglês, mistura a rainha Mary I (ela mesmo apelidada Bloody Mary, por causa de seu histórico de abortos sangrentos), fantasmas de mulheres em banheiros e até nome de um popular drinque com base em suco de tomate. Na época, os narradores de Shelsley Walsh eram puritanos demais para falar o nome do carro, e o chamavam de vários nomes menos pesados, como “The Bolster Mary” e “The Tudor Queen”.




7) Miller Golden Submarine/ Peerless Green Dragon





Barney Oldfield (acima) foi o maior homem-espetáculo do volante no início do automóvel. Com seu físico de velho marinheiro e seu charuto sempre aceso no canto da boca (mesmo nas corridas), Oldfield é uma lenda tão grande que mesmo hoje, praticamente 100 anos depois de sua fase áurea, ainda existem policiais americanos que perguntam quando pegam alguém passando do limite de velocidade:

- Quem você pensa que é? Barney Oldfield?

Diz a piada que Oldfield inventou o sobresterço, o substerço e a derrapagem controlada nas quatro rodas. Mas muito da fama do velho Barney vem também das inacreditáveis máquinas que ele tornou famosas pilotando. E que nomes elas tinham!



Peerless Green Dragon é um nome sensacional. Peerless significa algo como “sem par”, ou “sem similares” e a marca americana não podia ter colocado um nome melhor em seu verdíssimo carro de corrida cuspidor de fogo e trovão: O Dragão Verde (acima). Com um nome desses, e Oldfield ao volante, é uma lenda que não poderia ser maior se fosse inventada…



Outra lenda instantânea foi o Submarino dourado de Miller. Numa época em que todo carro de corrida era aberto, muitos se espantavam com a coragem de Oldfield em competir dentro daquele sarcófago ambulante com cara de submarino. Até o virtualmente sem medo Oldfield logo se cansaria dele, e retiraria sua cabine estranha para correr ao céu aberto. Alguns dizem que não foi medo, porém, e sim a fumaça do charuto presa lá dentro que provocou a modificação…

6) Lamborghini Murciélago




A Lamborghini é pródiga em nomes legais, e pensei muito em colocar aqui o Countach, ainda que somente porque significa algo como “Caramba!” (na verdade, algo mais chulo que isso, talvez) em piemontês. Mas acabei por preferir o mais sinistro “Murciélago”.

Murciélago é apenas morcego em espanhol, mas existe algo de sombrio e desconhecido nesse nome que faz esse grande Lambo V-12 algo de meter medo… Sobretudo quando aquele lendário V-12 urra.


5) Dodge Charger





O Charger americano, seja a primeira (1966-67) ou a segunda geração (1968-70), são carros que simbolizam tudo que já houve de bom nos carros americanos: conforto, força bruta vinda de um V-8 de grande deslocamento, tamanho king-size, e uma carroceria belíssima, de fazer inveja a qualquer desenhista italiano famoso.

Mas este carro ainda junta a tudo isso um nome totalmente casado com sua personalidade. Entre num Charger 68, e em questão de segundos você se sentirá o próprio General Robert E. Lee comandando uma coluna sulista. CHAAAARGEEE!!!!!

4) Dodge Demon/ Lamborghini Diablo/Fiat Mephistofeles





Sim, ele mesmo. O coisa ruim, o pé preto, o lazarento. O capeta, o demo, belzebu em pessoa. Sem poder decidir qual carro com o nome dele colocar, coloquei três de uma vez só. Malvadeza encarnada, pura e não destilada. Mas estranhamente, em nome de carro soa melhor que algo angelical… Depois reclamamos que todo mundo acha o automóvel algo mau, a gente adora essas associações demoníacas!





3) Daimler Majestic Major





Já falei aqui sobre este enorme sedã inglês com cara de Rolls-Royce e alma de Hot-Rod americano. Mas o que importa aqui é o nome.

Significando algo que pode ser traduzido como Majestoso Maior, não diz lá muita coisa se tomado literalmente, mas desce pela língua com uma facilidade medonha, e parece perfeitamente casado com o solene sedã grandão. Eu prefiro dar conotações militares: O Majestoso Major!

Não me canso de repetir, imitando um forte sotaque inglês: Daimler Majestic Major, Daimler Majestic Major, Daimler Majestic Major….

2) Jensen Interceptor




Uma pequena empresa inglesa especializada em híbridos (carros europeus com motor americano, claro), a Jensen acertou em cheio no nome do GT que lançou em 1966. Jensen Interceptor pode parecer um nome meio breguinha, mas é simplesmente inesquecível, ainda mais quando associado a este cupezão musculoso equipado com um Chrysler V-8 de bloco grande, 6,3 ou 7,2 litros(383 ou 440 pol³). Poucas coisas não seriam fatalmente “interceptadas” por esse cupêzão inglês em 1966.

Do Interceptor nasceria o Jensen FF, o primeiro carro de alto desempenho equipado com tração total permanente e freios ABS (mecânico, Dunlop Maxaret), mas que, apesar de muito mais eficiente que seu irmão Interceptor de tração traseira, perdia fragorosamente no quesito “nome legal”…

1) Reo Speedwagon





Ransom Eli Olds, quando deixou sua Oldsmobile para a General Motors em 1904, partiu para criar outra empresa, a Reo. O nome Reo é a junção das iniciais de seu nome. A empresa nunca alcançou o sucesso da Oldsmobile, mas conseguiu alguma notoriedade com caminhões.

E conseguiu fazer pelo menos uma coisa memorável: seus caminhões leves (hoje chamaríamos de picapes) desde muito cedo receberiam o nome mais sensacional já criado para um automóvel: Reo Speedwagon. Não importa que esses caminhõezinhos fossem extremamente, espantosamente, tremendamente lentos (60 km/h de máxima em 1935, por exemplo); propaganda enganosa ou não, a lista aqui é de nomes legais, e nenhum é tão legal quanto esse.



O nome é tão forte, sonoro e fácil de lembrar que acabou virando nome de banda de rock: REO Speedwagon é também o nome de um quinteto americano que ficou famoso nos anos 80 cantando inesquecíveis baladinhas extremamente sonoras e deliciosamente pegajosas.

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