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sexta-feira, 30 de novembro de 2012

História Das Picapes GM Nacionais



 A história das picapes GM nacionais começa na década de 50, mais precisamente em 1958, quando a General Motors apresenta a primeira picape fabricada no país, a 3100, produzida em São Caetano do Sul, São Paulo.
 Esta picape utilizava o motor importado de seis cilidros de 3100cc, consagrado nas picapes 3100 da década de 1950. O estilo era o mesmo dos caminhões Chevrolet da época. Ainda no final de 1958, em dezembro, passaria a utilizar o motor 4300cc, também de 6 cilindros em linha. Este motor inaugurava a fundição e usinagem de motores, em São José dos Campos, São Paulo.
 No final do ano seguinte, em dezembro 1959, era lançada a perua Amazonas. Era o primeiro veículo nacional da GM voltado para o uso como veículo de passeio. Utilizava o mesmo chassi da 3100. A perua possuía três portas, a do motorista e duas do lado do passageiro, além da tampa do porta-malas.













Em 1962, a picape e a perua sofriam uma discreta reestilização. A frente passava a ter 4 faróis e a grade do motor tinha um novo formato e era pintada, em lugar do cromado da grade anterior. A parte mecânica permanecia a mesma. Como opcional, era oferecido o diferencial blocante, a chamada "Tração Positiva".
 Em 1964, era lancada a nova picape, a C-14. Este modelo perdurou até a segunda metade da década de 80, sem grandes alteraçoes de estilo, quando foi substituída pela nova Série 20.
 Junto com a picape, era lançada a nova perua, a C-1416, que mais tarde passou a se chamar Veraneio. Ambas traziam uma nova suspensão dianteira independente, com molas helicoidais. Na picape, o clássico eixo traseiro rígido com molas semi-elípticas. Já a perua utilizava braços tensores e a barra Panhard, com molas helicoidais também na traseira, visando um maior conforto.
 No início da década de 70, a picape e a perua sofreram uma pequena reestilização, com uma nova grade frontal e os faróis, que passaram a ser somente 2 no lugar dos 4 originais. A mecânica permaneceu a mesma até 1979.
 Neste ano, novidades. A série C-14 passa a ser denominada C-10. Em termos de estilo, uma nova grade frontal, em plástico. O painel passa a ter um acabamento plástico e instrumentos com uma nova grafia.
 Na parte mecânica, o motor de 6 cilindros 4.1, do Opala, passa a equipar a C-10. A nova A-10 surge com a versão a álcool desse motor, juntamente com a versão diesel, a D-10. O motor é um Perkins Q20B4/4236, um motor desenvolvido primeiramente para uso como motor agrícola e adaptado para o uso veicular. Nesse ano, a Veraneio também recebe o motor diesel como opcional, assim como a versão a álcool.

  Até 1985, não há novidades na linha de picapes da GM. Para 1986, surge a Série 20, com uma carroceria totalmente remodelada.
  O novo modelo possui linhas mais modernas, com contornos retos e cantos arredondados. O visual da nova frente é inspirado no Opala, assim como os faróis, que são os mesmos. Internamente, o novo painel, envolvente, é totalmente de plástico.
  As versões disponíveis são a picape de cabine simples e dupla, a Veraneio e a novíssima Bonanza. Esta última é uma versão de chassi curto da Veraneio, com duas portas, e o mesmo nível de acabamento e motorização.
  Em 91, sai o Perkins Q20B. O novo motor é um Iochpe-Maxion S4, de 4 litros e 4 cilindros em linha, mais leve e adequado ao uso em uma picape, tornando o veículo mais suave. O motor S4T era opcional, oferecendo 125CV, contra os 90CV da versão sem turbo.
  Em 94 encerra-se a produção da Veraneio e da Bonanza, restando apenas as picapes C-20 e D-20, nas versões de cabine simples e cabine dupla. O painel foi reformulado, com os instrumentos em nova grafia.
  Um novo motor, o Powertech 4.1MPFI, o mesmo utilizado no Omega e preparado pela Lotus inglesa, traz a injeção eletrônica para a C-20. Um novo motor turbo-diesel, o S4T-Plus, substitui o S4T, com um ganho de 15CV e 8 mkgf de torque. Freios ABS para o eixo traseiro passam a equipar as picapes. A linha de produção é transferida para a Argentina.
  As picapes permanecem sem grandes alterações até 1997, quando deixam de ser fabricadas para ceder espaço ao novo modelo da GM, a Silverado.

A nova picape da GM apresenta um visual mais ousado e moderno que o sua antecessora. A carroceria apresenta poucos vincos e vidros rentes à superfície. A grade frontal cromada acomoda quatro faróis horizontais, igual ao modelo americano.









Os motores são o Powertech 4.1 MPFI, o mesmo do Omega, porém com as curvas de torque e potência retrabalhadas para oferecer mais força em baixa rotação. Os motores diesel disponíveis são o Maxion S4, com 90CV e o MWM Sprint Turbo 6.07T, de 168CV. O interior é mais luxoso do que o da D20, com um painel moderno e completo.

Em 2000, o Omega deixa de ser produzido no Brasil, e com ele, o fim da produção do 4.1 MPFI. A Silverado, então, passa a oferecer somente o MWM Turbo de 6 cilindros, e a denominacao de Silverado D20, como estratégia para aumento das vendas.

A novidade para 2001 vem da GMC, a divisão de caminhões da GM, que lança a HD3500, uma picape com a mesma carroceria da Silverado, mas com um acabamento mais espartano, voltado para o trabalho. Visualmente, a principal diferença é na dianteira, com dois faróis quadrados em lugar dos quatro retangulares da Silverado.

O ano de 2001 foi um ano difícil para a Silverado, que não suportou a concorrência da F-250 da Ford, vendendo menos que a metade da concorrente. Em janeiro de 2002, a GM decide fechar a sua unidade de veículos pesados e, com ela, o final da produção das picapes full-size.

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