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quarta-feira, 21 de novembro de 2012

breve historia do Aero-Willys


Aero-willys
Aero-Willys
A Willys nasceu em 1907, com a compra da Overland Automobile Company -- sediada em Indianópolis, Indiana, nos Estados Unidos -- por John North Willys, bem-sucedido empresário e presidente da American Motor Car Sales, representante de diversas marcas de automóveis.
O novo empresário conseguiu reequilibrar as contas da empresa, já que a Overland passava por momentos de escasso dinheiro em caixa. Com melhorias de produção, também devido a acordos com a Pope Company, houve uma mudança de nome: passou a se chamar Willys Overland Company.
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 Depois de afetada pela crise mundial dos anos 30, a Willys apresentou nos EUA, em 1940, o utilitário General Purpose -- que ganharia o mundo com a transcrição fonética das iniciais GP, ou seja, Jeep
Surgia então seu primeiro automóvel, um pequeno quatro-cilindros. Em 1909 lançava outros dois carros, ambos de seis cilindros e grandes dimensões, que não obtiveram muito êxito comercial. Dessa forma, a Willys concentrava sua produção nos modelos de quatro cilindros. A crise por que passou nos anos 20 fez com que a Willys Corporation adquirisse um terço da ações da Willys Overland Company. Em 1929, John North Willys deixava a companhia e o mundo automobilístico.
No inicio da década de 30 a empresa era afetada também pela crise mundial. Sua produção resumia-se a apenas um modelo, chamado de 77, que conseguiu dar fôlego à Willys até o início da Segunda Guerra Mundial. Em 1940 era apresentado o General Purpose Vehicle, veículo para uso geral, destinado às forças armadas do exército norte-americano. O General Purpose ficou conhecido anos mais tarde como Jeep, transcrição fonética em inglês das iniciais da expressão -- GP.
Aero-willys Em 1952 surgia a ampla linha Aero, composta pelo Lark (foto), Wing, Ace e Eagle em diversas versões de carroceria: serviriam de base para o Aero nacional
Anos depois do fim da Segunda Guerra, em 1948, Clyde Paton, ex-engenheiro-chefe da Packard, e Phil Wright davam início ao projeto daquilo que seria o futuro Aero-Willys. Paton tentou antes vender seu projeto para a Nash e a Packard, mas ambas recusaram e mais tarde ele o ofereceu para a Willys, sendo aceito. O projeto do Aero teve início em 1950 -- a denominação devia-se a sua estrutura monobloco, comparada aos mais modernos aviões a jato, que recebiam a denominação de aero frame.
Em 1952 eram apresentados ao público norte-americano os modelos Lark, Wing, Ace e Eagle. Podiam ser equipados com motores de quatro e seis cilindros, carrocerias de duas ou quatro portas, vidros traseiros panorâmicos ou não, versões cupê com ou sem colunas centrais. No ano seguinte a Willys Motor Company entrava em grave crise financeira, sendo obrigada a se tornar subsidiária da Kaiser-Frazer Corp., do grupo Kaiser Industries. Com a fusão, os modelos Aero passavam por mudanças de mecânica: ofereciam opcionalmente motores Kaiser, câmbio automático Hydramatic e direção assistida -- itens que, infelizmente, nunca chegariam aos modelos feitos no Brasil.
Aero-willys
O modelo cupê Bermuda não chegou ao Brasil, mas sua frente foi utilizada no sedã produzido em São Bernardo do Campo, SP
Mas de ano em ano as vendas vinham caindo. O consumidor norte-americano, como se sabe, gosta de automóveis grandes e para os padrões locais o Aero era considerado compacto. Os modelos foram fabricados até 1955, quando estavam reduzidos aos modelos Custom de quatro portas e Bermuda de duas portas. Durante os três anos em que foram produzidos, foram feitos 92.046 Aeros.

A Willys chega ao Brasil

A Willys Overland do Brasil S.A. foi fundada em 26 de abril de 1952, em São Bernardo do Campo, em São Paulo. Iniciou atividades em 1954 com a montagem do Jeep Willys, que aqui recebeu o nome de Jeep Universal. Esse modelo logo se destacou por sua robustez e valentia, já que as estradas na época eram precárias -- isso quando havia estrada. Em 31 de janeiro de 1958 era produzido o primeiro motor a gasolina para carros de passeio.
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Capô e porta-malas mais baixos que os pára-lamas, ampla área envidraçada, perfil aerodinâmico: o desenho do Aero-Willys era bem atual em seu lançamento, em 1960
Com a política de incentivo dado pelo governo, a Willys e a Renault firmaram contrato para a fabricação do Dauphine, de grande sucesso no mercado francês. Em 1960, com quatro anos de existência, a industria automobilística nacional ainda contava com poucos modelos. Entre os mais baratos destacavam-se o Volkswagen Sedan (o Fusca) e o próprio Dauphine. O segmento de carros de luxo o segmento era composto pelo Simca Chambord e o FNM JK, uma cópia do Alfa Romeo 2000 italiano.
O Aero-Willys brasileiro foi apresentado em 25 de março de 1960, com índice de nacionalização de 85,3%. Era muito parecido aos modelos Aero Wing norte-americanos, mas trazia alguns detalhes dos modelos Custom, como a grade dianteira, lanternas e frisos. Um sedã de quatro portas, possuía características inovadoras para o mercado brasileiro, como o perfil aerodinâmico, cofre do motor e porta-malas mais baixos que os pára-lamas e grande área envidraçada.
No interior era possível levar seis ocupantes com relativo conforto. O motor era o mesmo usado no Jeep Universal, um seis-cilindros em linha de 2,6 litros, que desenvolvia 90 cv brutos a 4.000 rpm; o câmbio tinha três marchas. Para 1962, os Aeros recebiam alterações como rodas e calotas, frisos laterais, painel estofado, cores e detalhes interiores. Em setembro daquele ano era apresentado o Aero-Willys 2600 modelo 63: totalmente redesenhado por estilistas brasileiros, foi mostrado ao público com sucesso no III Salão do Automóvel, em São Paulo.
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A linha 1962 já recebia pequenos aprimoramentos; o motor de 2,6 litros e 90 cv brutos era o mesmo do Jeep, pouco adequado a um sedã de seu nível
Sua estrutura era a mesma do modelo anterior, mas com carroceria inteiramente nova. O motor era o seis-cilindros, agora alimentado por dois carburadores acoplados a um novo coletor de admissão, o que elevou sua potência para 110 cv brutos a 4.400 rpm. No interior o painel revestido de madeira jacarandá trazia três mostradores de funções acopladas, acendedor de cigarros dentro do cinzeiro e limpador de pára-brisa elétrico.
A Willys sabia que o ponto alto do desenho do Aero era sua traseira e, nos modelos 65, os desenhistas resolveram encompridá-la, para dar mais harmonia ao desenho. Inverteram a posição das lanternas e a tampa do porta-malas recebeu outro estilo, seguindo o desenho reto da carroceria. Entre itens mecânicos, foram aperfeiçoados os freios, com a colocação de tambores mais leves, a suspensão dianteira e o câmbio, de quatro marchas sincronizadas. Como nos modelos de três marchas, a alavanca ficava na coluna de direção. A trava de ré era liberada por um botão no centro da manopla.
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O estilo era totalmente refeito para 1963, ganhando linhas mais retas e agressivas; o motor passava a 110 cv e havia revestimento de jacarandá no painel
Ainda em 1965, para disputar o mercado de carros de luxo, a Willys decidiu criar uma versão mais sofisticada. Usando como base o Aero, foram feitas modificações para que esse modelo se diferenciasse e conquistasse um público mais refinado. O novo carro foi lançado em 1966 e batizado de Itamaraty, uma alusão ao palácio homônimo sediado em Brasília.
Diz a história que quem criou o nome Itamaraty foi o publicitário Mauro Salles, um entusiasta de automóveis, que naquele momento deixava o jornalismo especializado e fundava a própria agência de publicidade. Seria um duradouro período atendendo a Willys Overland do Brasil, passando por sua sucessora, a Ford brasileira, e chegando à Autolatina -- nome também criado pelo inventivo Mauro Salles.
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Ponto alto de seu desenho, a traseira do Aero-Willys ficava mais comprida e elegante na linha 1965; o câmbio ganhava a quarta marcha
As mudanças estéticas davam aparência mais agradável ao carro: nova grade dianteira, lanternas, sobre-aros cromados nas rodas. No interior trazia bancos revestidos de couro, rádio com dois alto-falantes, luzes de leitura e painel revestido de jacarandá maciço, que pesava 20 kg. Já na linha 1966 a Willys fazia mudanças na parte mecânica, como pistões autotérmicos, anéis de menor altura e novas buchas nos mancais do motor, além da utilização de alternador no lugar do dínamo.
Apesar dos aprimoramentos, o velho motor do Jeep não era adequado a um carro de luxo. No segundo ano de produção do Itamaraty, 1967, surgia quase um novo carro: o motor 3000, com 3,0 litros e alimentado por um carburador de corpo duplo, desenvolvia 132 cv brutos a 4.400 rpm, o que melhorava muito o desempenho do automóvel. Para celebrar as modificações mecânicas, a grade foi novamente modificada, as lanternas traseiras passaram a ser totalmente utilizadas com seis lâmpadas, os pneus eram agora 7,35-15 e os frisos externos vinham redesenhados.
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O modelo 1966 foi um dos últimos antes da absorção da Willys pela Ford, que traria motores mais potentes -- de 130 e 140 cv brutos -- para o Aero e o Itamaraty
Ocupando a quarta posição na fabricação de veículos, a Willys começava a despertar interesse em outras marcas. Ainda em 1967 a Ford adquiria o controle majoritário das ações da Willys Overland. Com a absorção da empresa, em 1969 a razão social era alterada para Ford-Willys do Brasil S.A. E nesse ano a influência da Ford começava a ser sentida nos produtos Willys: Aero e Itamaraty recebiam motores mais potentes, com 130 e 140 cv brutos, na ordem.
Esteticamente não foram feitas grandes modificações -- o Aero mantinha a frente inalterada, ganhando novos freios e estofamento. O Itamaraty perdia o painel de jacarandá, que passava a vir com imitação em plástico. E sofrendo concorrência interna com a chegada do Galaxie, as vendas dos modelos começavam a declinar ano a ano, apesar das reduções de preço feitas pela Ford.
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O Itamaraty 1967: a versão de luxo do Aero tinha nova grade, painel em jacarandá e motor de 3,0 litros e 132 cv brutos, bem mais adequado a seu perfil
A despedida do Aero e de sua versão de luxo deu-se em 1971. Durante os 19 anos de produção, foram feitos 99.621 Aero-Willys e 17.216 Itamaratys -- o motor de 3,0 litros, porém, seria usado dois anos depois no Maverick. Com o fim dos dois modelos, desapareciam dois ícones dos primeiros anos da indústria automobilística brasileira.

O Executivo

Apresentado em 1966 durante o V Salão do Automóvel, nessa época realizado no Pavilhão do Ibirapuera, a limusine Itamaraty Executivo chamou a atenção dos visitantes e da imprensa especializada, que há tempos vinha especulando sobre uma possível inserção da Willys nesse mercado.
Nessa época as poucas limusines que rodavam no País eram de origem estrangeira, a maioria de procedência norte-americana, como Cadillac e Lincoln. Foi nesse cenário que o então presidente da Willys do Brasil, Edgar Kaiser, lançou o desafio de produzir um carro que se fosse construído em pequena escala e usado por autoridades e empresários abonados, o que traria mais prestigio à marca.
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A limusine Executivo, construída em parceria com a Karmann-Ghia, media 5,52 metros e foi o primeiro nacional com ar-condicionado -- apenas para o compartimento traseiro
Usando como base o Itamaraty, a Willys fez algumas modificações na carroceria. Em parceria com a Karmann-Ghia, foram feitas mudanças estruturais que consistiam na inclusão de alguns centímetros entre as portas dianteiras e traseiras e também no porta-malas. Vale salientar que parte do ganho de espaço foi obtido graças à limitação de ajuste do banco do motorista, já que seria ocupado por um chofer e não pelo proprietário do carro.
A limusine tinha 5,52 metros de comprimento e mecânica igual à do Itamaraty, ou seja, motor de seis cilindros em linha e três litros. Foi apresentada em duas versões de acabamento: básica e Especial. Na primeira o espaço era para cinco passageiros, pois permitia levar três pessoas no banco convencional e mais duas pessoas nos pequenos bancos escamoteáveis situados nas laterais da parte central do carro.
Contava ainda com vidro de comando elétrico separando o compartimento do motorista da parte traseira, rádio com quatro faixas de onda, toca-fitas, apoio móvel para os pés, detalhes de acabamento em jacarandá maciço, vidros escurecidos e, pela primeira vez em um carro nacional, ar-condicionado -- direcionado, naturalmente, ao compartimento traseiro.
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O Itamaraty sofria a concorrência interna do Galaxie em 1971, quando a Ford tirou de linha esta versão de luxo e...
Para a versão Especial, que incluía todos esses requintes, era oferecido um toca-fitas de cartucho Clarion com espaço para guardar fitas, controles de luzes internas e acendedor de cigarros, além de um inusitado barbeador elétrico Remington Roll-a-Matic. Essa versão só podia transportar quatro passageiros, pois o banco traseiro era separado por um console fixo, onde se alojava um gravador da marca Sony.
O acabamento, sempre em couro, era oferecido nas cores havana, preto, cinza e branco. A maioria dos modelos saiu de fábrica na cor havana na parte dos passageiros e preta na do motorista. Já a versão básica seguia o padrão de acabamento do Itamaraty, com costuras verticais. Para deixar o carro com ar mais exclusivo, era colocadas nas soleiras das portas duas pequenas placas com os dizeres: "carroceria Karmann-Ghia" e "feito especialmente para...", com o nome do proprietário.
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...o Aero-Willys. O motor de 3,0 litros, porém, seria usado dois anos depois no Maverick
A primeira entrega se deu ao presidente da República, o marechal Humberto de Alencar Castello Branco, um modelo Especial. Esse automóvel vinha de fabrica com rádio-transmissor colocado no porta-malas, mastro para bandeiras nos pára-lamas dianteiros e brasões da República nas colunas, além de um televisor e de um velocímetro no console central traseiro.
Ao todo foram fabricadas 27 limusines, sendo dois protótipos, 19 modelos básicos e seis do Especial, a maioria na cor preta. Desse total, a maior parte foi vendida a governantes do País e o restante a empresários. Hoje em dia o Itamaraty Executivo é difícil de encontrar, e os poucos que restam encontram-se nas mãos de colecionadores e em alguns museus. Com todos esses atributos, definitivamente, ele figura entre os maiores clássicos brasileiros.
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Os estudos para a produção do Aero Willys nacional foram iniciados em 1958 e incluíram uma série de exaustivos testes, visando melhor adequar o modelo às nossas condições. Lançado em março de 1960, o "Aero" continuava sendo objeto de contínuos melhoramentos (foto ao lado exemplar nacional modelo 1961).Aero 1961 Brasil O primeiro Aero fabricado no Brasil tinha a carroçaria lembrando o modelo americano de 1955 importado até então, porém o motor era o utilizado nos Aeros de 1952. É interessante lembrar também que já em 52 era oferecido como opcional o câmbio "overdrive", mas que nunca foi colocado à disposição nos modelos produzidos no Brasil. Os Aeros 1955 tinham o tradicional motor 6 cilindros, porém com 115 hp. O câmbio poderia ser de 3 marchas sincronizadas com opção "overdrive" ou câmbio automático (Hidra-Matic da GM). Houve ainda outra opção de motorização, pois, os Aeros Americanos modelo 1954 chegaram a ser fabricados com motor Kaiser 226. O painel era diferente, assim como o acabamento interno.
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Em 1960 o índice de nacionalização do modelo produzido no Brasil não passava de 40% e inicialmente o Aero nacional era para se chamar "BRASÍLIA". A primeira mudança ocorreu em 1962 e já representava uma etapa na realização de um carro de concepção bem nacionalizada. O modelo 62 apresentava ainda a mesma aparência básica de seu predecessor americano. O principal detalhe externo era o friso lateral reto, que no modelo americano era em Z separando a pintura em duas cores (saia e blusa).
Principais modificações introduzidas no Aero 1962:
Externas:
· Novas cores perde as duas cores · Novas rodas (perfuradas) e calotas.
· Novo friso lateral
· Maçaneta na tampa do porta malas
· Nova lente da luz de ré
Interior:
· Nova disposição nos botões do painel e novos botões
· Cinzeiro no topo do painel e novo local do radio.
· Novos bancos (o traseiro mais baixo)
· Forração das portas com carpete na parte inferior.
Mecânica:
· Novos sistema de freios "Duo-Servo" nas 4 rodas
· Novo sistema de escapamento · Nova montagem do freio de mão
· Novo local da bobina.
A segunda grande mudança no Aero foi realizada em 1963
Aero 63 Considerado o primeiro carro inteiramente concebido e construído no Brasil. As alterações foram chamadas de "projeto 213", sendo o projéto concebido em 1957 pelo estilista americano Brook Stevens.Pronto para à apresentação recebeu o nome de "Aero 2600". Este projeto inicial de 1957 acabou por influenciar também as frentes da Rural (esta reestilizada também por Brook Stevens), do Itamaraty 66 e do Corcel 68. Interessante notar que o primeiro Aero 2600 utilizava a base, o capô, a tampa do porta malas e as portas do antigo Aero-Willys. Exceto a tampa do porta-malas, as outras peças citadas foram utilizadas até o fim da sua produção em 71.
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No principio era uma idéia arrojada, depois começou o trabalho e a idéia foi se concretizando, Não eram uns sonhadores. Sabiam o que queriam, E surgiu o primeiro carro concebido no Brasil, para demonstrar que automóvel também era nosso. Foi em 1961 que a diretoria da Willys Overland do Brasil tomou a decisão: O Aero Willys 1963 seria um carro inteiramente novo, com estilo próprio e linha inédita no catálogo internacional. Criar um carro era coisa nova no Brasil, envolvendo problemas de toda espécie, muitos dos quais ninguém imaginava. O início da fabricação deu se em outubro de 1962 e sua primeira aparição foi em outubro de 62, Paris, no mais famoso Salão do Automóvel do mundo. Entre muitas novidades internacionais aparecia, um monobloco brasileiro, 110 cavalos no motor, concepção e estilos novos um "Carrão". Era o primeiro carro concebido e construído na América Latina. O projeto 213 que de fevereiro de 61 a julho de 63 absorveu 129.403 horas regulares e 43.508 horas extras (o equivalente a 60 anos de trabalho de um homem) estava concluído e chamaria "Aero Willys 2600".
A data de 1963 era importante para a Willys pois comemorava-se os 60 anos que lançara seu primeiro veiculo, o "Overland 1903". O Brasil então contava ao lado de numerosos carros de fabricação nacional com o pioneiro genuinamente brasileiro o Aero Willys 2600 - 1963.
As primeiras peças, como os primeiros carros eram inteiramente feitas à mão.
A terceira grande mudança ocorreu em 1965.
Aero Remodelada a traseira (tornou-se mais baixa com novas lanternas e a frente ganhou novos contornos no farol, houve mudanças nos frisos, novas cores, novo padrão de estofamento. Em 1966 foi a vez do lançamento de uma nova versão mais luxuosa batizada de Itamaraty ( Uma revista o chamou de "um palácio sobre rodas"), Ele vinha equipado com bancos de couro, ar condicionado opcional com saídas de ar traseiras, nova frente e nova traseira. No Aero 1967 houve mudanças pouco significaticas, a lanterna traseira passa a ser composta por 3 partes distintas (Vermelho/amarelo/branco), e novo painel com 5 instrumentos separados o anterior era de 3 instrumentos sendo gasolina/temperatura, velocimetro/hodômetro e bateria/óleo.
Nesse Ano a grande mudança ocorreu no Itamaraty que ganhou nova frente, novas calotas, novas lanternas traseiras, e novo acabamento. Em 67 também foi criado o Itamaraty Executivo ( a primeira limousine brasileira de série), contava com vários opcionais - poucas unidades foram fabricadas. 1097 foi considerado o melhor ano dos Willys.
De 67 a 72 poucas modificações ocorreram na linha Aero, a mais significativa foi o motor, que passou a 3000cc. Mudaram os padrões de acabamento e novas cores foram adotadas.
Depois da compra da Willys pela Ford os automóveis passaram por muitas modificações, tendo sido inclusive enviados para teste no Estados Unidos. Diversos itens do Ford Galaxie (Modelo de luxo lançado pela Ford em 1967) foram incorporados no Aero e Itamaraty, tais como: Sistema duplo de freios, sistema de limpadores do párabrisas, detalhes internos, etc.
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Cronograma de Fabricação:
  • 1960 Inicio da Fabricação, 40% de nacionalização, identico ao americano Aero Agle, motor brasileiro BF161 - 90cv/2600cc
  • 1961 - Pequenas modificações (cores, Painel almofadado e calotas e rodas)
  • 1962 - Pequenas alterações, friso lateral reto 100% de nacionalização
  • 1963 - Lançado o novo Aero Willys 2600, novo motor com 2 carburadores 110cv/2600cc, Painel de instrumentos com 3 mostradores montados sobre madeira de lei (jacarandá).
  • 1964 - Novas cores, suspensão recalibrada
  • 1965 - Mudanças na traseira e na frente (novas lanternas), câmbio de 4 marchas sincronizadas, Alternador.
  • 1966 - Lançamento do Itamaraty (alteração no desenho da grade frontal, novas lanternas e acabamento interno de alto luxo), Interior do Aero com novo acabamento. Os Itamaraty tinham ar-condicionado como opcional.
  • 1967 - Novo Itamaraty - nova grade, teto de vinil opcional, novas lanternas traseiras, novo acabamento interno, motor mais potente 3000cc/130cv e lançamento do Itamaraty Executivo maior e mais bem acabado, com outros itens de conforto. - Em toda a linha Aero, novo painel de instrumentos com 5 mostradores (Hodometro/Velocimetro, Gasolina, pressão do óleo, amperimetro e temperatura) , novas lanternas trazeiras com lentes de 3 cores (Vermelha/amarela/branca), nova caixa de direção mais macia e novo padrão de estofamento e opcional em couro.
  • 1968 Passa a ser fabricado pela Ford-Willys, que retira de linha o Itamaraty Executivo (a Ford alegara que não mais justificava a sua produção pois a Ford Fabricava também o Ford Galaxie 500). ·
  • 1969 - Poucas modificações - perde o emblema Willys do volante.
  • 1970 - Aero recebe o motor de 3000cc (igual ao do Itamaraty) e novo volante, calotas e sistema de freio iguais a do seu meio irmão Ford Galaxie, acabamento interno novo e painel em alumínio anodizado no Itamaraty e Plástico no Aero. O Aero Willys passa a chamar somente "Aero"
  • 1971 Ford anuncia que seria o último ano de fabricação, devido à queda nas vendas.(Ford experimenta um protótipo do Itamaraty com o motor V8/4500cc/150cv do Galaxie).
  • 1972 São vendidos os últimos Aero e Itamaratys pela concessionárias Ford ( a mecânica serviria de base ao futuro Ford Maverick lançado em 1973).


Aero Willys 2600

Aero-willys
Nos dias distantes de 1965, ouvir Michelle, dos Beatles, no Motoradio AM era um luxo. E se fosse a bordo de um Aero Willys do ano, então, melhor ainda. Sonho de quase toda família de classe média brasileira, ele era sinônimo de sucesso profissional - a publicidade da fábrica o apresentava como "um carro de diretoria, sério, de representação". Foram produzidos 116 000 Aero Willys.
Lançado em 1960, sua dinastia durou até 1971. Na versão 1965, época do seu auge, a grande novidade eram o câmbio de quatro marchas sincronizadas - a primeira já podia ser engatada com o carro em movimento - e o desempenho, que, segundo o teste publicado por QUATRO RODAS em abril do mesmo ano, o colocava entre os "cobras nacionais", com 139 km/h de velocidade máxima e aceleração de 0 a 100 em 20 segundos. E como é dirigir um Aero hoje? Para responder à pergunta, andamos num modelo 1966, igualzinho ao do teste original. Rodamos por 310 quilômetros com o sedã de 1,5 tonelada.
O banco dianteiro inteiriço, revestido de plástico e com espaço para três pessoas, é mais confortável que muitos sofás de sala de espera. O painel, de metal, já vale a viagem.
Um console de madeira emoldura os três grandes mostradores redondos. A posição de dirigir é boa - levando-se em conta o encosto fixo do banco - e a alavanca de câmbio fica na coluna de direção. A maciez no engate das marchas compensa a embreagem pesada e os quase 90 graus que a mão direita tem que descrever a cada mudança. Quando o Aero começa a se mover, parece que não vai deslanchar, apesar do som grave produzido pelo motor de seis cilindros e 110 cv. Mas, com o bom escalonamento das marchas, ele embala corajosamente.
Definitivamente, ele nunca gostou mesmo de esforço: nas subidas, mesmo as menos íngremes, pede uma redução para terceira marcha e até para uma segunda. Para parar, força no pedal do freio. Sem servofreio, o pedal é duro e requer uma adaptação do motorista para evitar o travamento das rodas. Na estrada, sob sol ou uma eventual chuva, nosso Aero prosseguiu tranqüilo, mantendo velocidade de cruzeiro em torno dos 80 km/h. E mais: foi respeitado e saudado durante todo o trajeto, como convém a um "carro de diretoria".
Aero-Willys
Com o fim da II Guerra Mundial, mais exatamente em 1948, Clyde Paton - ex-engenheiro chefe da Packard - e Phil Wright - responsável pelo revolucionário Pierce Super Arrow 1933 - deram início, juntos, aos primeiros esboços de um novo veículo, o Aero, assim denominado devido sua futura carroceria monobloco, então comparada às estruturas dos aviões a jato.
O projeto deste carro, posteriormente construído no Brasil, foi oferecido inicialmente à Packard e Nash que, entretanto, não se interessaram pela sua fabricação, o mesmo não ocorrendo com a Willys que, no início de 1952, já apresentava ao público as quatro versões iniciais do Aero: Lark, Wing, Ace e Eagle, equipados com motores de quatro ou seis cilindros em linha, duas ou quatro portas, vidros traseiros panorâmicos ou não, cupês com colunas ou não e outros opcionais, sendo que, após sua fusão da Willys com a Kaiser-Fraser, ocorrida em 1953, os Aero passaram a contar com o câmbio automático e direção servo-assistida.
Nos Estados Unidos, o último Aero foi fabricado em 1955, quando a linha já estava reduzida aos modelos Custom - de quatro portas - e Bermuda - duas portas - acumulando um total de 92.046 unidades produzidas nos seus três anos de vida. Posteriormente o veículo foi fabricado em nosso país, sendo lançado em 25 de março de 1961, mantendo inalteradas as características das versões Wing e Custom.

Face-Lift

Por demais desatualizado, o carro passou por um "face-lift" e, em setembro de 1962, foi apresentado à imprensa como Aero-Willys 2600. Na verdade, o nosso 2600 era de fato um projeto brasileiro, encabeçado pelo engenheiro Roberto Araújo, obviamente baseado nos estudos feitos pela equipe de Brook Stevens, o que comprova um fato curioso: apesar de "abortado" lá, o 2600 seria o Aero norte-americano para 1956, cuja linha englobava , inclusive, uma station-wagon, modelo nunca construído.
Apesar disso, um dos protótipos da Kaiser-Willys desenvolvido por Arnott B. "Buzz" Grisinger tinha, entretanto, características diferentes do nosso futuro 2600: sua dianteira era levemente inspirada nos Studebaker Champion 1950/1951 - desenhado por Raymond Loewy - tendo uma espécie de "bullet nose" (algo como "nariz de foguete"), sendo sua grade bastante semelhante à do modelo Hawk de 1956.A Kaiser-Willys também chegou a contratar estilistas "free-lancers", como Howard A. "Dutch" Darrin, cujo protótipo seguia a mesma escola de estilo que criara o Kaiser Henry J 1950.
Paralamas dianteiros semelhantes aos deste carro só seriam vistos, três anos depois, nos Lincoln Capri/Premiere/Continental, enquanto a grade do radiador - apelidada de "rosebud", ou "botão de rosa" - era uma cópia da utilizada pelo Kaiser-Darrin DKF 161 1954/55, esportivo criado por "Dutch", hoje um modelo bastante raro.

Com V8

Howard previa também motores V8 para os novos Aero que, entretanto, nunca os equipariam, mesmo porque estes carros, comercialmente falando, sequer chegaram a existir. Assim, em 1955, a Kaiser-Fraser suspendeu suas atividades, restando nos Estados Unidos apenas a Willys, que deixou de fabricar carros de passeio, dedicando-se apenas aos utilitários. Mudou de nome duas vezes, sendo rebatizada como Kaiser-Jeep (1963) e Jeep Corporation (1970), empresa vendida para a American Motors Company em 5 de fevereiro do mesmo ano mas, com a compra da AMC pela Chrysler em 5 de agosto de 1987, a Jeep acabou mudando de mãos mais uma vez.
Aero-willys
Aero-Willys
Os antigos modelos Willys e Kaiser-Fraser passaram então a ser fabricados na América do Sul: o Carabela (na verdade o antigo Manhattan) começou a ser construído pela IKA - Indústria Kaiser Argentina, enquanto o Aero-Willys veio para o Brasil, onde deu origem ao modelo "engavetado" nos EUA e a sua versão mais luxuosa, o Itamaraty, ambos motados pela Ford a partir de 1968. Aliás, a Ford chegou a montar um protótipo do Itamaraty com motor V8 do Ford Galaxie.
Dizem que em certa ocasião, um funcionário do departamento de engenharia decidiu "testar"o tal protótipo e, assim sendo, tentou descer a serra de Santos em alta velocidade. Como os sistemas de direção e suspensão continuavam sendo os originais, não é difícil prever o engavetamento do projeto. Não se sabe que fim teve este modelo.
No ano seguinte, 1969, Henry Ford II esteve no Brasil, especialmente para conhecer os novos carros da linha Willys, na verdade outro "face-lift", desta vez feito em cima do 2600 e do Itamaraty, que passsariam a ter suas partes dianteiras e traseiras "semelhantes" às do Lincoln Continental. Como este enxerto era particularmente infeliz, a idéia foi vetada e os carros, sem grandes modificações foram construídos pela Ford até 1971, época em que a montadora já se dedicava à fabricação do Ford Maverick, que seria apresentado em 1973.
Aero-willys
Lançado em 1960, o Aero-Willys era um sedã de quatro portas com características de vários modelos da linha Aero norte-americana.
Tinha perfil aerodinâmico, pára-lamas salientes, ampla área envidraçada e motor de 90 cv.
Três anos depois, o modelo foi redesenhado, ganhando linhas mais retas e agressivas, motor mais potente e revestimento de jacarandá no painel.
Em 1967, a Ford assumia o controle da Willys, e o Aero ganhava o motor de 3 litros e 130 cv. Em 1971, a Ford encerrava a produção do Aero, devido às baixas vendas e concorrência interna com o Galaxie. Ao todo foram fabricados 99.621 Aero-Willys e 17.216 Itamaraty.
MOTORIZAÇÃO
MotorHURRICANE, 2.6, 6 cilindros em linha, 12 válvulas (2 por cilindro), dois carburadores de corpo simples, gasolina, dianteiro, longitudinal
Cilindrada2.638 cm³Potência110 cv a 4.400 rpm
Potência Específica42,3 cv/litroTorque19,4 kgfm a 2.000 rpm
CARROCERIA
Comprimento4.638 mmPeso1.438 kg
Largura1.828 mmPorta-Malas450 litros
Altura1.593 mmTraçãoTraseira
FreiosTambores nas quatro rodasCâmbioManual de 3 marchas
DESEMPENHO
Velocidade Máxima155 km/hAceleração17,0 segundos

AERO-WILLYS ITAMARATY 3000

Aero-willys
Lançado em 1966, a versão mais sofisticada do Aero-Willys, batizada com nome de um palácio de Brasília, trazia mais cromados, nova grade dianteira e lanternas. O interior ainda trazia o painel de jacarandá maciço (que seria substituído por uma imitação de plástico nos Willys da Ford), bancos de couro e rádio. Na parte mecânica, ganhava um motor de 3 litros e 132 cv (140 cv na gestão Ford). Sua produção foi encerrada em 1971, junto com Aero-Willys.
MOTORIZAÇÃO
MotorHURRICANE, 3.0, 6 cilindros em linha, 12 válvulas (2 por cilindro), carburador de corpo duplo, gasolina
Cilindrada3.014 cm³Potência140 cv a 4.400 rpm
Potência Específica46,6 cv/litroTorque24 kgfm a 2.000 rpm
CARROCERIA
Comprimento4.810 mmPeso1.488 kg
Largura1.840 mmPorta-MalasNão disponível
Altura1.570 mmTraçãoTraseira
FreiosTambores nas quatro rodasCâmbioManual de 4 marchas
DESEMPENHO
Velocidade Máxima155 km/hAceleração15,0 segundos

AERO-WILLYS ITAMARATY EXECUTIVO 3000

Aero-willys
A versão limusine do Aero-Willys foi construída em parceria com a Karmann-Ghia, ganhando centímetras extras entre as portas dianteiras e traseiras. A mecânica era a mesma do Itamaraty e trazia dois níveis de acabamento: Standard, com ar-condicionado, rádio toca-fitas, revestimento de couro e jacarandá, e Especial, com todas as regalias e barbeador elétrico. As duas versões vinham com dois bancos escamoteáveis. O primeiro modelo, um Executivo Especial, foi entregue ao presidente Castello Branco. Além desse, foram construídos mais 26 modelos.
MOTORIZAÇÃO
MotorHURRICANE, 3.0, 6 cilindros em linha, 12 válvulas (2 por cilindro), carburador de corpo duplo, gasolina, dianteiro, longitudinal
Cilindrada3.014 cm³Potência132 cv a 4.400 rpm
Potência Específica44 cv/litroTorque22,2 kgfm a 2.000 rpm
CARROCERIA
Comprimento5.522 mmPeso1.684 kg
Largura1.840 mmPorta-MalasNão disponível
Altura1.570 mmTraçãoTraseira
FreiosTambores nas quatro rodasCâmbioManual de 4 marchas
DESEMPENHO
Velocidade Máxima142 km/hAceleraçãoNão disponível

O Aero Willys brasileiro foi lançado em 25 de março de 1960, mas seu projeto vinha sendo discutido na montadora brasileira desde 1958. O Aero Willys era um carro herdado de um projeto americano que havia sido desativado por insucesso. Lá as versões desse automóvel eram conhecidas como Aero-Ace, Aero-Wing, Bermuda (um cupê duas portas), fabricado pela Willys Overland dos EUA, com os componentes mecânicos dos Jeep Willys.
O ferramental veio ao Brasil e a Willys começou a produzir automóveis (apenas os modelos 4 portas). Eram carros duros, com uma linha arredondada de gosto muito discutível, mas que representavam na época a única opção para quem não quisesse entrar num Simca Chambord e precisasse de um automóvel maior que os Volkswagen,DKW e Dauphine. Seu motor era de seis cilindros em linha, o mesmo usado no Jeep (que mais tarde passou a ser usado nas Rurais e nos demais modelos derivados do Jeep, e até mesmo nos Mavericks fabricados pela Ford). Esse motor tinha uma característica incomum: a válvula de admissão situava-se no cabeçote, mas a válvula de escapamento ficava no bloco.
Em 1961 a diretoria da Willys Overland do Brasil tomou a decisão de inovar completamente o Aero Willys e torná-lo um carro inteiramente novo, com estilo próprio e linha inédita no catálogo internacional.
O início da fabricação deu-se em outubro de 1962 e sua primeira aparição foi em Paris, no mais famoso Salão do Automóvel do mundo. Entre as muitas novidades internacionais aparecia, um carrão com monobloco brasileiro, 110 cavalos no motor, concepção e estilos novos. Era o primeiro carro inteiramente concebido na América Latina.
Aero-willys
Aero Willys, primeira versão, ano 1962
Em julho de 1963 era lançado o Aero Willys 2600, o primeiro carro genuinamente brasileiro. As primeiras peças, como os primeiros carros eram inteiramente feitas à mão. O sucesso foi imediato, tanto que em 1966 foi lançado uma nova versão mais luxuosa batizada de Itamaraty, também chamado de Palácio sobre Rodas. O Itamaraty vinha equipado com acessórios a época sofisticados como bancos de couro e ar condicionado. Em 1967, foi lançada a Itamaraty Executivo, a primeira limusine fabricada em série no Brasil.
Aero-willys
Aero Willys Itamaraty, ano 1972
Em 1968 a Willys foi comprada pela Ford, que aos poucos foi fundindo o Aero Willys no o seu Ford Galaxie. Em 1971 a Ford anuncia que este seria o último ano do carro, devido à queda nas vendas. Em 1972 são vendidos os últimos Aero e Itamaratys, sendo sua mecânica utilizada como base do futuro Maverick, em 1973.





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