Lançado em 2005, o Bugatti Veyron está perto de completar 10 anos de vida. Você pode amá-lo ou detestá-lo, mas é inegável que o Veyron é um dos marcos automotivos dos últimos anos. O hipercarro é superlativo em tudo — potência, mecânica, desempenho, peso e preço. Mas há outra coisa na qual o Veyron provavelmente supera todos os outros carros: no número de edições especiais. E nós vamos falar de todas elas, uma a uma, neste post.
A semente para o Veyron foi plantada em 1998, quando a VW adquiriu os direitos sobre o nome Bugatti. A empresa fundada por Ettore Bugatti destacou-se, desde o início, pelo desempenho de seus carros de corrida e pelo alto preço e exclusividade de seus automóveis de luxo. A VW decidiu juntar as duas coisas e, em 1999 apresentou o conceito EB 18.4 Veyron, com um motor de 18 cilindros em W (!) de 555 cv.
A semente para o Veyron foi plantada em 1998, quando a VW adquiriu os direitos sobre o nome Bugatti. A empresa fundada por Ettore Bugatti destacou-se, desde o início, pelo desempenho de seus carros de corrida e pelo alto preço e exclusividade de seus automóveis de luxo. A VW decidiu juntar as duas coisas e, em 1999 apresentou o conceito EB 18.4 Veyron, com um motor de 18 cilindros em W (!) de 555 cv.
Depois de seis anos de desenvolvimento, a Bugatti apresentou o Veyron ao mundo em 2005. As especificações você talvez já tenha decorado: um motor de 16 cilindros e 64 válvulas que, alimentado por quatro turbocompressores, entrega 1.001 cv — e precisa ser resfriado por dez radiadores. Com ele, o Veyron é capaz de acelerar até os 100 km/h em 2,46 segundos e chegar aos 408 km/h — mesmo pesando nada saudáveis 1.888 kg.
É possível conseguir um desempenho absurdo assim sem um motor tão exagerado — o maior concorrente do Veyron, o Hennessey Venom GT, prova isto com V8 biturbo de 1.244 cv. Acontece que o Veyron é mais uma afirmação sobre rodas do que um carro feito para correr: com ele, a VW disse “nós podemos criar o carro mais rápido, mais extremo, de engenharia mais complexa e mais caro do mundo” e cumpriu sua palavra.
A questão é que um carro tão monstruosamente caro de se vender — o Veyron custa, em média, o equivalente a quase R$ 6 milhões — também é monstruosamente caro de se construir. E o resultado é um prejuízo de quase $ 17 milhões para a VW a cada Veyron vendido, de acordo com o site The Economist — um prejuízo de mais de seis bilhões de reais desde 2005.
É possível conseguir um desempenho absurdo assim sem um motor tão exagerado — o maior concorrente do Veyron, o Hennessey Venom GT, prova isto com V8 biturbo de 1.244 cv. Acontece que o Veyron é mais uma afirmação sobre rodas do que um carro feito para correr: com ele, a VW disse “nós podemos criar o carro mais rápido, mais extremo, de engenharia mais complexa e mais caro do mundo” e cumpriu sua palavra.
A questão é que um carro tão monstruosamente caro de se vender — o Veyron custa, em média, o equivalente a quase R$ 6 milhões — também é monstruosamente caro de se construir. E o resultado é um prejuízo de quase $ 17 milhões para a VW a cada Veyron vendido, de acordo com o site The Economist — um prejuízo de mais de seis bilhões de reais desde 2005.
Mas chega de papo. Agora, vamos ver (quase) tudo o que a Bugatti andou fazendo nos últimos anos para tornar o Veyron ainda mais desejável, exclusivo e caro.
2007 — Bugatti Veyron Pur Sang
2007 — Bugati Veyron Pegaso Edition
Dizem que o Pegaso também recebeu um upgrade de potência para chegar aos 1.200 cv, mas esta informação não foi confirmada (e nem desmentida) pela Bugatti.
2008 — Bugatti Veyron FBG par Hermès
2008 — Bugatti Veyron Sang Noir
2009 — Bugatti Veyron Bleu Centenaire
2009 — Bugatti Veyron L’Edition Centenaire
2009 — Bugatti Veyron Grand Sport
2009 — Bugatti Veyron Grand Sport Sang Bleu
2010 — Bugatti Veyron Grand Sport L’Or Blanc
Além disso, a pintura foi feita usando a técnica dos artesãos alemães da KPM (Fábrica de Porcelana Real de Berlim), o que proporcionou um acabamento impecável — que dá a impressão de que o carro está refletindo as luzes do ambiente o tempo todo. A Bugatti até fez um vídeo documentando o processo de criação e execução do Veyron L’Or Blanc, do qual só existe um exemplar no mundo todo.
2010 — Bugatti Veyron Super Sport World Record Edition
Em 2010 a Bugatti decidiu garantir que ninguém tomaria seu título e apresentou ao mundo o Bugatti Veyron Super Sport — oficialmente, o carro mais veloz do mundo até hoje (o recorde do Hennessey Venom GT é real, porém não foi sancionado pelo Guinness). Os engenheiros da Bugatti não fizeram mágica alguma — só deram ao carro quatro turbocompressores maiores (e intercoolers idem). A potência do W16 de oito litros saltou para 1.200 cv a 6.400 rpm e 153 mkgf de torque entre 3.000 e 5.000 rpm — o bastante para ir de 0 a 100 km/h nos mesmos 2,46 segundos, porém com velocidade máxima de 431 km/h. Outras modificações foram feitas na suspensão, que recebeu novas barras estabilizadoras e amortecedores.
Agora, uma observação: esta velocidade só pode ser atingida pelos cinco Veyron Super Sport World Record Edition que, além da pintura preta com detalhes laranja, não têm limitador de velocidade. Os outros 25 exemplares são limitados a 415 km/h — o que não quer dizer que eles não possam ter suas próprias edições especiais…
2011 — Bugatti Veyron Super Sport Edition Merveilleux
2011 — Bugatti Veyron Grand Sport Middle East Edition
O maior mercado da Bugatti é, sem dúvida, o Oriente Médio. Sendo assim, em 2011 a Bugatti decidiu lançar uma série limitada do Grand Sport, chamada Middle East Edition. Foram três unidades — um verde, um azul e um amarelo. Este último, ao que consta, na cor favorita de Ettore Bugatti.
2011 — Bugatti Veyron Grand Sport Red Edition
Já deu para perceber que a Bugatti adora brincar com cores em suas edições especiais, mas nenhuma delas foi tão explicita quanto a Red Edition: apresentado no Salão de Frankfurt de 2011, o carro tinha carroceria vermelha, rodas vermelhas e interior preto… com detalhes vermelhos. Dizem que o carro foi levado a Frankfurt para ajudar nas vendas do Grand Sport — o Veyron “normal” e o Super Sport já estavam esgotados, mas ainda havia sobrado cerca de 100 Grand Sport.
2011 — Bugatti Veyron Grand Sport Bijan Pakzad
Em colaboração com o estilista iraniano Bijan Pakzad, a Bugatti apresentou em 2011 um Veyron Grand Sport cromo com detalhes amarelos — interior, rodas e capô, além de adesivos no capô e da assinatura de Bijan feita à mão sob os para-lamas traseiros. Bijan, contudo, não pode nem curtir sua criação — o estilista morreu em setembro daquele ano, vítima de um ataque cardíaco.
2012 — Bugatti Veyron Grand Sport Venet
Não é só a BMW que tem art cars: em 2012 a Bugatti lançou a série limitada Grand Sport Venet, com 17 unidades decoradas pelo escultor francês Bernar Venet. O tema escolhido pelo artista foram as fórmulas matemáticas usadas para calcular velocidade, potência e outros atributos de um superesportivo, aplicadas sobre uma pintura marrom e preta.
2013 — Bugatti Veyron Grand Sport Vitesse WRC
Em 2012 a Bugatti fez uma manobra simples, porém efetiva: colocou o motor de 1.200 cv do Veyron Super Sport no Grand Sport. Com ele, a Bugatti tomou para si o recorde de carro mais rápido do mundo ao atingir os 408 km/h (ainda que, em vias públicas, a velocidade fosse limitada a 375 km/h). Sendo assim, a marca logo tratou de dar ao Vitesse uma edição especial no ano seguinte: o Bugatti Veyron Grand Sport Vitesse WRC — que não tem nada a ver com rali, e significa World Record Car. Só oito unidades com pintura negra e detalhes laranja foram fabricadas.
2013-2014 — Bugatti Veyron Grand Sport Vitesse “Les Légendes de Bugatti”
No ano passado a Bugatti começou a dar pistas de que o Veyron está perto do fim de sua vida — e desta vez é para valer. Para encerrar o ciclo com toda a pompa, a marca francesa decidiu apresentar uma edição limitada de seis modelos (cada um deles com três exemplares produzidos) chamada Lés Légendes de Bugatti (ou “As Lendas da Bugatti”).
Novamente a ideia foi homenagear personalidades importantes para a história da marca. Cada um dos seis carros recebeu o nome de uma pessoa, e todos foram revelados ao longo dos últimos meses.
Ao todo, foram 18 carros, e o último deles foi dedicado ao fundador Ettore Bugatti (leia mais sobre ele aqui!). Os outros foram homenagens aos pilotos Jean-Pierre Willmille e Meo Constantini, a Jean e Rembrandt Bugatti (filho e irmão de Ettore, respectivamente) e até a um clássico da Bugatti — o Type 18, conhecido como Black Bess.
Esses detalhes não são dourados… são de ouro
2014 — Bugatti Veyron Grand Sport Vitesse “One of One”
Este é o mais recente — foi apresentado ontem em no Concorso d’Eleganza Pebble Beach, na Califórnia — e algo nos diz que também é um dos últimos Veyron especiais. Encomendado por um cliente em Singapura, o Grand Vitesse recebeu pintura “saia e blusa” amarelo-sobre-preto — combinação que já apareceu em modelos históricos da Bugatti, como o Type 55 Royale. Além das cores, o Veyron One of One traz, no padrão da grade frontal, as iniciais de seu dono: “PL” (clique na foto acima para ver).
O presidente da Bugatti, Wolfgang Dürheimer, diz que este carro representa exatamente a filosofia da companhia: “um Bugatti é comprado como item de colecionador. Isto significa que também damos suporte a nossos clientes na personalização de seu Bugatti da maneira como eles quiserem”.
Mas talvez esta avalanche de edições especiais seja, na verdade, uma referência à exclusividade dos Bugatti do início do século, que podiam ser personalizados seguindo quaisquer exigências de quem os encomendasse.
De qualquer forma, o reinado do Veyron está cada vez mais perto do fim. O chefe do departamento de design do Grupo Volkswagen, Walter de Silva, disse ao TopGear.com que o “próximo modelo” da Bugatti não será um sucessor para o Veyron, mas nós não temos tanta certeza assim — os executivos da VW já disseram que o Veyron terá um sucessor com mais de 1.200 cv e 150 mkgf de torque — e ele já foi até flagrado em testes.
Será que aa Bugatti vai virar o mundo dos superesportivos de pernas (ou rodas) para o ar novamente? E, mais importante, será que ele vai ter tantas edições especiais?
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