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quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013
O incrível caso do homem que dirigiu o mesmo Rolls-Royce por 77 anos
Rolls Royce: irretocável, perfeito!
Tudo bem que estamos falando Rolls-Royce, para muitos a marca de automóveis definitiva, irretocável, perfeita. Mas talvez nem mesmo o mais otimista e confiante dos mecânicos da centenária fábrica britânica confiaria em que um de seus carros pudesse permanecer praticamente intacto, e em pleno funcionamento, após ser utilizado ao longo de oito décadas. Ainda mais nas mãos de um mesmo dono.
Pois foi exatamente essa a proeza realizada por Allen Swift, um americano de Springfield (não a fictícia onde moram os personagens do desenho Os Simpsons, mas a real, localizada no estado de Massachusetts).
Presente de formatura
Oriundo de uma rica família comerciante de metais preciosos, Swift ganhou do pai o Rolls-Royce Picadilly P1 Roadster conversível verde, número de chassis S273FP, um dos 2.500 Rolls-Royce Phantoms montados na filial da marca existente em Springfield entre 1921 e 1931, como presente de formatura, no longínquo, improvável 1928. E em seu volante ele sentaria orgulhosamente até 2005, quando morreu aos 102 anos de idade.
Na maior parte destas mais de oito décadas, Swift conduziria a relíquia motorizada com extrema moderação, priorizando passeios rápidos por Hartford, cidade-sede de sua empresa, e participando em paradas municipais ocasionais, muito tradicionais nos EUA.
Allen Swift e seu automóvel de museu
O segredo: usar sempre – e pouco
Com esta dieta de manter o motor sempre aquecido, Swift conseguiu ao mesmo tempo entrar para o livro Guiness dos Recordes como a pessoa que portou o mesmo veículo por mais tempo e preservar sua joia de quatro rodas que, de acordo com testemunhas, é silenciosa como um moderníssimo Toyota Prius, elétrico.
Em 1988, repintou a “máquina” em trabalho minucioso encomendado a especialistas. Quinze anos mais tarde, emprestou-a para exposição organizada na Fundação Rolls-Royce, em Mechanicsburg, Pensilvânia.
Peça de museu — e um tesouro
Quando doou o carro ao Connecticut Valley Museu, de Springfield – entidade que reúne barcos, aviões, armas e outros artefatos remanescentes do passado industrial da cidade, atualmente em fase de mudança de endereço – o relógio do painel marcava “apenas” 170 mil milhas (273,5 mil quilômetros) percorridos.
Uma quilometragem notavelmente baixa pelo tempo de existência do automóvel, com média de rodagem de pouco mais de 3 mil quilômetros rodados por ano.
A iniciativa de Swift de transformar seu tesouro em peça permanente de exposição serviu de alavanca para o lançamento do museu, do qual seria a atração principal: não fosse o possante, cujo valor ele não estimou, os outros oito milhões de dólares para o projeto dificilmente teriam sido levantados.
A generosidade de Swift foi além da doação do fabuloso carro: ele deu uma mãozinha adicional de 1 milhão de dólares em dinheiro ao museu.
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