O Museu do Automóvel Toyota (Toyota Automobile Museum), ao contrário do que o nome sugere, não tem apenas carros da Toyota, o que também é diferente da maioria dos museus de outras marcas. Sua proposta é contar a história da automóvel desde sua invenção no século XIX. Foi inaugurado em abril de 1989 e os 120 modelos de várias narcas e origens do acervo estão divididos por épocas numa sequência cronológica.
Como em muitos museus, há a disponibilidade de um sistema de áudio individual através do qual os visitantes podem escutar uma breve história de cada carro exposto. Ao parar na frente dos carros digita-se o número correspondente que fica numa plaquinha bem à vista e o áudio específico para o modelo se inicia. Como tive muito pouco tempo para olhar tudo e fotografar, tentei comprar um CD com esse áudio, o que facilitaria muito fazer esse post,.mas não estava disponível em inglês. Em compensação, comprei um livro-catálogo com informações gerais. Fiz isso com o museu fechando e sendo convidado a me retirar da lojinha bem bacana com tudo que é suvenir sobre carros. Tive apenas uma hora e meia para visitação quando facilmente poderia ter passado pelo menos umas quatro horas lá dentro.
Minha ideia original era seguir a sequência da exposição. Mas a fim de aumentar a motivação para iniciar essa série de posts, decidi começar por uma parte que gostei bastante, os carros japoneses do final dos anos 1960 e início dos anos 1970. A maioria deles é pouco conhecida, e apesar de terem fortes influências do ocidente, têm uma certa originalidade. A ideia é fazer um apanhado geral para compartilhar os modelos mais interessantes com todos vocês.
Então aí vai a primeira parte.
NISSAN SILVIA 1965 (primeira geração)
Este cupê logo se destacou ao lado de outros modelos devido ao seu lindo desenho com apelo europeu. Também não é para menos, pois o alemão Albert Goertz, que tem no seu currículo o lindo BMW 507, trabalhou no seu desenho. Este Silvia (a Nissan adorava batizar seuas carros com nomes de mulheres) é elegante e também tem esportividade. Um cupê esporte fino, eu diria.
Essa primeira geração do Silvia usava a plataforma do Nissan/Datsun Fairlady 1600 antes deste se tornar o famoso 240Z, e com isso seu motor 1,6-litro de 91 cv e comando no cabeçote. Mais que suficiente para os seus 980 kg. Quem joga ou jogou Gran Turismo ou gosta de driftconhece bem a última geração do Silvia, que deixou o mercado em 2002.
ISUZU 117 COUPE 1970
Outro cupê com apelo europeu. Parece um Passatão. E não é para menos, pois o desenho foi feito por Giorgetto Giugiaro, na época no estúdio Ghia. Logo se vê que de japonês não tem nada. Também foi o primeiro carro do Japão a utilizar injeção eletrônica com motor DOHC (duplo comando de válvulas no cabeçote), nesse caso um 1,6-litro de 124 cv.
Com motor dianteiro e tração traseira, foi muito bem recebido pelo excente equilíbrio entre esportividade e conforto. Ficou em produção de 1968 a 1981. No desenho, o que me chama a atenção são os grandes vidros laterais traseiros e a coluna C, muito fina, que é um prolongamento que acompanha todo o contorno do teto.
MITSUBISHI COLT GALANT GTO-MR 1971
Qualquer semelhança com carros americanos da época não é mera coincidência. Seu designer, um japonês, estudou na Califórnia. Até as faixas laterais foram inspiradas nos americanos. Porém em termos de tamanho está mais para os europeus. Os nomes Colt e Galant são muito usados pela Mitsubishi e ainda existem modelos com ambos os nomes. Esse Colt Galant GTO pode ser considerado um ancestral dos incríveis Lancer Evo modernos. O GTO-MR era equipado com o primeiro motor DOHC da Mitsubishi, um 1,6-litro de 127 cv.
TOYOTA CELICA GT 1970
De acordo com a Toyota, o Celica foi o primeiro autêntico "specialty car" (carro especial). Isso quer dizer que foi o primeiro cupê desenhado dessa forma, ou seja, um carro novo, sem ser derivado de um sedã quatro-portas, como era a prática nessa época. Esse modelo de 1970 que está no museu é o primeiro Celica e tem um motor 1,6-litro de 116 cv. Sutilmente lembra o Mustang, porém o modelo de 1973 já não era tão sutil na referência ao modelo americano.
Minha ideia original era seguir a sequência da exposição. Mas a fim de aumentar a motivação para iniciar essa série de posts, decidi começar por uma parte que gostei bastante, os carros japoneses do final dos anos 1960 e início dos anos 1970. A maioria deles é pouco conhecida, e apesar de terem fortes influências do ocidente, têm uma certa originalidade. A ideia é fazer um apanhado geral para compartilhar os modelos mais interessantes com todos vocês.
Então aí vai a primeira parte.
NISSAN SILVIA 1965 (primeira geração)
Este cupê logo se destacou ao lado de outros modelos devido ao seu lindo desenho com apelo europeu. Também não é para menos, pois o alemão Albert Goertz, que tem no seu currículo o lindo BMW 507, trabalhou no seu desenho. Este Silvia (a Nissan adorava batizar seuas carros com nomes de mulheres) é elegante e também tem esportividade. Um cupê esporte fino, eu diria.
Essa primeira geração do Silvia usava a plataforma do Nissan/Datsun Fairlady 1600 antes deste se tornar o famoso 240Z, e com isso seu motor 1,6-litro de 91 cv e comando no cabeçote. Mais que suficiente para os seus 980 kg. Quem joga ou jogou Gran Turismo ou gosta de driftconhece bem a última geração do Silvia, que deixou o mercado em 2002.
ISUZU 117 COUPE 1970
Outro cupê com apelo europeu. Parece um Passatão. E não é para menos, pois o desenho foi feito por Giorgetto Giugiaro, na época no estúdio Ghia. Logo se vê que de japonês não tem nada. Também foi o primeiro carro do Japão a utilizar injeção eletrônica com motor DOHC (duplo comando de válvulas no cabeçote), nesse caso um 1,6-litro de 124 cv.
Com motor dianteiro e tração traseira, foi muito bem recebido pelo excente equilíbrio entre esportividade e conforto. Ficou em produção de 1968 a 1981. No desenho, o que me chama a atenção são os grandes vidros laterais traseiros e a coluna C, muito fina, que é um prolongamento que acompanha todo o contorno do teto.
MITSUBISHI COLT GALANT GTO-MR 1971
Qualquer semelhança com carros americanos da época não é mera coincidência. Seu designer, um japonês, estudou na Califórnia. Até as faixas laterais foram inspiradas nos americanos. Porém em termos de tamanho está mais para os europeus. Os nomes Colt e Galant são muito usados pela Mitsubishi e ainda existem modelos com ambos os nomes. Esse Colt Galant GTO pode ser considerado um ancestral dos incríveis Lancer Evo modernos. O GTO-MR era equipado com o primeiro motor DOHC da Mitsubishi, um 1,6-litro de 127 cv.
TOYOTA CELICA GT 1970
De acordo com a Toyota, o Celica foi o primeiro autêntico "specialty car" (carro especial). Isso quer dizer que foi o primeiro cupê desenhado dessa forma, ou seja, um carro novo, sem ser derivado de um sedã quatro-portas, como era a prática nessa época. Esse modelo de 1970 que está no museu é o primeiro Celica e tem um motor 1,6-litro de 116 cv. Sutilmente lembra o Mustang, porém o modelo de 1973 já não era tão sutil na referência ao modelo americano.
O Celica perdurou no mercado até 2006 e teve sete gerações. Foi sua quinta geração que o tornou mais famoso mundialmente após várias vitórias do Campeonato Mundial de Rali no grupo A, com carros com especificações próximas aos modelos de produção. Venceu os campeonatos de 1990 e 1992 de pilotos, e 1993 e 1994 de pilotos e fabricantes. Uma pena que a Toyota o tenha tirado de produção.
MAZDA COSMO SPORT 1969
Esse Mazda é um clássico nipônico. De imediato chama muito a atenção pelo seu desenho único e muito futurista para época. Mas ele é especial também por ter um motor rotativo (do tipo Wankel) de dois rotores de 0,491 litro cada. Incialmente esse motor de apenas 0,982 litro produzia 111,5 cv, mas o modelo do museu é da série 2 e seu motor de mesmo deslocamento volumétrico produz 130 cv. Além do projeto bem diferente, os motores Wankel produzem muito mais potência específica (potência por deslocamento volumétrico, do que motores reciprocantes, ou a pistão, com dos ciclos Otto e Diesel. Foram produzidos apenas 1.519 unidades do modelo entre 1967 e 1972.
TOYOTA 2000GT 1968
O 2000GT é um ícone da Toyota e é um dos carros de produção em série mais entusiasta já feitos no Japão. Seu longo capô lhe dá um ar jaguaresco. Outro detalhe também inspirado no E-type é o escapamento com duas saídas aparentes. Mas estar frente a frente com uma das 337 unidades desse clássico fabricadas entre 1967 e 1970 nos faz notar com mais facilidade a sua personalidade própria e seu desenho espetacular. Seu porte também é menor que o do Jaguar. Na minha opinião o GT japonês é tão bonito quanto, ou mais, que o próprio E-type.
Seu motor é um 2-litros de alumínio, porém de 6 cilindros em linha, que gera 152 cv com cabeçote de duplo comando de válvulas desenvolvido pela Yamaha. Para saber mais sobre o m;odelo recomendo a leitura do post feito pelo MAO sobre sua história já publicado aqui no AUTOentusiastas: Toyota 2000GT: um clássico japonês.
MAZDA COSMO SPORT 1969
Esse Mazda é um clássico nipônico. De imediato chama muito a atenção pelo seu desenho único e muito futurista para época. Mas ele é especial também por ter um motor rotativo (do tipo Wankel) de dois rotores de 0,491 litro cada. Incialmente esse motor de apenas 0,982 litro produzia 111,5 cv, mas o modelo do museu é da série 2 e seu motor de mesmo deslocamento volumétrico produz 130 cv. Além do projeto bem diferente, os motores Wankel produzem muito mais potência específica (potência por deslocamento volumétrico, do que motores reciprocantes, ou a pistão, com dos ciclos Otto e Diesel. Foram produzidos apenas 1.519 unidades do modelo entre 1967 e 1972.
TOYOTA 2000GT 1968
O 2000GT é um ícone da Toyota e é um dos carros de produção em série mais entusiasta já feitos no Japão. Seu longo capô lhe dá um ar jaguaresco. Outro detalhe também inspirado no E-type é o escapamento com duas saídas aparentes. Mas estar frente a frente com uma das 337 unidades desse clássico fabricadas entre 1967 e 1970 nos faz notar com mais facilidade a sua personalidade própria e seu desenho espetacular. Seu porte também é menor que o do Jaguar. Na minha opinião o GT japonês é tão bonito quanto, ou mais, que o próprio E-type.
Seu motor é um 2-litros de alumínio, porém de 6 cilindros em linha, que gera 152 cv com cabeçote de duplo comando de válvulas desenvolvido pela Yamaha. Para saber mais sobre o m;odelo recomendo a leitura do post feito pelo MAO sobre sua história já publicado aqui no AUTOentusiastas: Toyota 2000GT: um clássico japonês.
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