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sábado, 3 de setembro de 2016

Duelo entre um Jaguar E-type e um Corvette Sting Ray




Então, já que eu estava muito a fim de sentir na pele o duelo entre dois de meus esportivos favoritos, o Jaguar E-type e o Corvette Sting Ray, tratei de convencer o pessoal que seria muito legal e que todo mundo ia gostar que gente fizesse uma matéria desse duelo de cachorro grande.

Gosto desse lance de reviver duelos do passado, tipo Frazier x Ali, Jofre x Harada, e também me atrai pensar em duelos impossíveis no boxe. Por exemplo: o que seria uma luta Frazier x Tyson, ambos em suas melhores formas? Mas com boxe não dá, pois a idade pesa no lombo dos humanos, mas com carro dá, e quem sabe um dia poderei colocar modernos contra antigos...

Mas essa dos dois antigos fiz, e, além dessa citada, que foi publicada na Car and Driver Brasil, o Bob fiz um comparativo entre o Porsche 911T 1968 contra o Alfa Giulia Sprint Veloce 1967 no nosso programa-piloto do Speed Masters.



E então levamos para Interlagos um E-type cupê 1970 e um Sting Ray 1963. Também, de lambuja, foi um Stingray 1970, já que ele estava muito na mão, mas eu temia que colocando três no rolo fosse demais e poderia embaralhar a coisa, apesar dele caber no comparativo, já que, afinal, o E-type enfrentou essas duas gerações de Corvette.
Note que a um chamo de Sting Ray e a outro, Stingray, tudo junto, pois ao mudarem o modelo, em 1968, juntaram as palavras.



Alguém dirá que em 1963, quando o Sting Ray split window (janela repartida, em referência à sua vigia traseira bipartida, só característica dos modelos 1963, pois no ano seguinte já a eliminaram por atrapalhar a visão traseira) foi fabricado, o E-type tinha um motor seis cilindros de 3,8 litros e esse cupê de 1970 tinha um de 4,2 litros. Tudo bem, não esquente, pois a potência foi mantida, 265 cv, e só o torque é que aumentou, e pouco. O comparativo, portanto, continua valendo.

Além do mais, pequenos detalhes não me interessavam, pois o que me interessava mesmo é que eu estava com essa vontade encruada de guiar os carros em Interlagos, tirando o traseiro de um e botando o traseiro ainda quente no outro, e boa.

Só assim é que dá pra gente sentir as diferenças claramente. Se desse pra fazer eu faria.

Esse Sting Ray tinha um V-8 de 327 polegadas cúbicas (101,6 x 82,55 mm, ou seja, 5.341 cm³) e sua potência era de 300 hp – potência SAE bruta, pois só 1972 os americanos passaram a usar potência SAE líquida. Na época havia outros motores para o modelo, mais fortes ou mais fracos, mas esse 327 de 300 hp é bem representativo.

O Stingray tinha um V-8 350-pol³ (5.740 cm³) de 350 hp.

Na filmagem o leitor também verá um racha que fizemos, uma arrancada com os três alinhados. Creio que o resultado merece uns esclarecimentos. O E-type estava com pneus com pouco uso, porém velhos e ressecados, o que lhes dava pouca aderência; basta ver o que ele patinou na arrancada. Daí que acho que ele teria arrancado melhor se estivesse com pneus em dia.



O Stingray também teria arrancado melhor e explico: depois dessa arrancada fiquei cabreiro, pois a lógica diz que um de 300 hp não pode levar um de 350 hp assim na moleza, e aí fui fuçar descobri que o segundo estágio do carburador Holley quadrijet não estava abrindo. Coisa fácil que logo arrumei, e aí, claro, o carro mudou.

Vale notar que os três pilotos sabiam arrancar direitinho e não precisavam de aulas de ninguém para tirar dos carros o que eles tinham para dar.


Mais fotos:















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