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segunda-feira, 20 de janeiro de 2014

Dia Nacional do Fusca: relembre as edições especiais do besouro





Hoje é dia 20 de Janeiro e, se você gosta de carros, é provável que saiba o que isto significa: o Brasil está comemorando o Dia Nacional do Fusca, e a gente não poderia deixar esta data passar em branco. Sendo assim, vamos tentar explicar a história do Dia Nacional do Fusca e dar um passeio pelas séries especiais de um dos carros mais queridos do Brasil.

Fusca Série Prata – 1980




A primeira série especial do Fusca foi a chamada Série Prata, e esta já é um exemplo de como alguns detalhes se perdem com o passar do tempo. A Série Prata foi lançada em 1980, e foram apenas 100 unidades fabricadas. Acontece que, tantos anos depois, muitas pessoas pensam que qualquer fusca prateado da década de 80 é um Série Prata.



Olhando por fora, talvez até dê para confundir — só o adesivo “S Prata” na traseira e as lanternas “Fafá” bicolores o diferenciam de qualquer outro Fusca. Por dentro, porém, não há dúvida: o Série Prata veio com o mesmo volante do Passat, detalhes em prata no acabamento e forração em veludo (um belo veludo, por sinal). O Manual do Proprietário também é exclusivo da série especial.

Fusca Série Especial “Love” – 1984




Esta é a menos conhecida. Lançado em 1984 para comemorar os 25 anos da produção do Fusca, o Série Especial logo ficou conhecido como “Série Love”, por causa da campanha publicitária que exaltava a paixão que o brasileiro sentia pelo carro na época. É frenquentemente confundido com a Série Prata, e por isto nem todos sabem de sua existência. O que é uma pena, pois o Fusca “Love” trazia um conjunto de equipamentos bem interessante: volante espumado, cinto de três pontos, desembaçador traseiro e janelas basculantes atrás. Todas as 2.500 unidades vinham na cor Azul Copa, metálico, para-choques na mesma cor do carro e rodas de 14 polegadas iguais às da Brasília.

Junto com ele foi lançada uma promoção que convidava os donos de Fusca a contarem uma história pessoal que envolvesse o carro. As duas melhores histórias ganhariam, cada uma, um exemplar do Fusca Série Especial. Alguma dúvida do motivo do apelido?

Fusca Última Série – 1986




Dois anos depois era anunciada a primeira “morte” do Fusca — 1986 seria o último ano do carismático Volkswagen. A Última Série foi fabricada em 850 unidades, todas numeradas no para-brisa, e quem os comprou teve seu nome gravado no “Livro de Ouro” da Volkswagen.

O Última Série podia vir com motor a gasolina com carburação simples, ou a etanol de carburação dupla. Diferentemente das outras séries especiais, a Última Série não tem muitas diferenças em relação ao Fusca comum — apenas o catálogo de cores que estreava novas opções, como dourado e azul metálico. O carro acompanhava um kit com uma chave dourada, certificado e fita de vídeo com as melhores propagandas do Fusca exibidas na TV desde a década de 60.

O valor de coleção da Última Série é que é um caso à parte. De início, a grande maioria dos carros ficou guardada com revendedores e donos, e dificilmente eram tratados como veículos de uso diário. Contudo, com o retorno à produção, vários deles passaram a ser usados normalmente, como se tivessem perdido valor por não ser, de fato, a última série do Fusca. Para nós, isto é besteira — prova de sua importância é a presença de uma unidade da Última Série no museu da VW em Wolfsburg.

Fusca Série Ouro — 1996




O Série Ouro foi a última das séries especiais do Fusca. Três anos depois do anúncio do retorno da produção por Itamar Franco, a Volkswagen daria por encerrada a história do Fusca no Brasil e, para selar de vez um momento tão importante, lançou a edição limitada a 1.500 unidades.



Mecanicamente idênticos ao Fusca Itamar do motor 1.600 a álcool ao sistema de escapamento com apenas uma saída, os carros da Série Ouro não tinham mais as faixas adesivas em amarelo e preto nas laterais, e contavam com um pequeno emblema na lateral, perto do bocal do tanque de gasolina, identificando a edição. Por dentro, o carro tinha bancos com a mesma forração do Pointer GTI da época, que se repetia nos forros de porta, painel de instrumentos com fundo branco e relógio, e volante igual ao do Gol. Novas opções de cores metálicas e perolizadas foram introduzidas à série especial, como Verde Nice, Verde Taiti (que está mais para azul), Vermelho Dakar e Bege Urano.

E por que estamos falando disso hoje?




O Dia Nacional do Fusca é comemorado desde 1988, mas a sua origem é incerta. Diz-se que o Sedan Clube do Brasil instituiu o dia 20 de novembro de 1988 como o primeiro Dia Nacional do Fusca, para lembrar a data do primeiro fim da produção do carro. Só que o material comemorativo não teria ficado pronto a tempo — faixas e adesivos com o número “20″ teriam sido encomendadas, e a solução foi adiar a data para o mês seguinte. O problema é que no dia 20 de dezembro, todos estão loucos com a cabeça no natal, na praia e nas férias de fim de ano, e por isso eles teriam decidido que o Dia Nacional do Fusca seria o dia 20 de janeiro.

Desde então, vários clubes por todo o Brasil organizam eventos e encontros em comemoração à data. A comunidade de fãs do besouro é gigantesca sempre foi muito forte, e prova disso é que a Volkswagen reconheceu o Dia Nacional do Fusca de forma oficial em 1989.

E você, tem alguma história bacana para contar neste dia especial para os fãs do Fusca?

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