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sexta-feira, 28 de março de 2014

Volkswagen realiza os últimos desejos da Kombi





Um modelo tão icônico não poderia simplesmente sair de linha e pronto. Para se despedir saudosamente da Kombi, a Volkswagen criou um documentário que simboliza o “deslançamento” da velha senhora. Foram 63 anos de história no mundo, e em especial no Brasil, onde parou de ser fabricada no fim do ano passado.



O vídeo traz personagens reais que tiveram a sua história marcada pela Kombi. A Volkswagen recebeu centenas de relatos, todos marcados por uma profunda carga emocional. Deles, criou o “testamento” da Kombi com os seus “15 últimos desejos”, que incluíam premiar alguns dos autores das histórias recebidas e no final, a vontade de retornar para casa para rever a família.



“A história da Kombi no Brasil envolve uma intensa interação com o país e, em particular, com a vida de milhares de pessoas que conviveram com ela das mais diferentes maneiras. Não seria justo encerrar sua produção sem registrar como isso ocorreu e sem homenagear um veículo que contribui tanto para a vida de seus proprietários e suas famílias”, explica Carlos Leite, gerente de Produto e Marketing de Comerciais Leves da Volkswagen do Brasil.

A forma segue a função – a História da Kombi

A Kombi foi idealizada pelo holandês Ben Pon na década de 1940, que projetou a combinação do confiável conjunto mecânico do Volkswagen Sedan em um veículo de carga leve. Lançada na Alemanha em 1950, o modelo se destacou pela versatilidade, sendo adotada tanto para transporte urbano de carga como para levar passageiros. Seu motor era o quatro-cilindros 1.2l com refrigeração a ar e 25 cv.

Ao lado do Fusca, a Kombi marcou o início das atividades da Volkswagen no País, há 60 anos. Sua montagem começou no ano de 1953, em um galpão no bairro do Ipiranga, em São Paulo.

A partir de 2 de setembro de 1957 o modelo passou a ser efetivamente produzido no Brasil, na Fábrica Anchieta, em São Bernardo do Campo. A Kombi foi o primeiro veículo fabricado pela Volkswagen do Brasil, antes mesmo do Fusca – e o primeiro feito pela empresa fora da Alemanha.

O nome Kombi é uma abreviação, adotada no Brasil, para o termo em alemão Kombinationsfahrzeug, que em português significa “veículo combinado” ou “combinação do espaço para carga e passeio”. Na Alemanha o modelo recebeu o nome VW Bus T1 (Transporter Número 1).

A versão brasileira trouxe em seu lançamento o mesmo motor de quatro cilindros contrapostos (“boxer”) de 1.200 cm³ refrigerado a ar, mas com potência de 30 cv.

Com estrutura leve, do tipo monobloco, e carroceria em forma de “caixa”, a Kombi oferecia amplo espaço interno abrigado e capacidade para transportar uma tonelada de carga. Ao mesmo tempo, era um veículo muito fácil de manobrar. Resistente, econômico e de mecânica simples, foi amplamente aceita no mercado nacional.

Além das versões com janelas traseiras de vidro ou furgão, a Kombi também foi fabricada como pick-up, com cabine simples ou cabine dupla.

Menos de quatro anos após seu lançamento no Brasil foi introduzido no mercado nacional o modelo de seis portas, nas versões luxo e standard, com transmissão sincronizada e índice de nacionalização de 95%. A versão pick-up surgiu em 1967, já com motor de 1.500 cm³ (potência bruta de 52 cv) e sistema elétrico de 12 volts.

A trajetória internacional da Kombi brasileira se iniciou com as exportações da Volkswagen do Brasil nos anos 1970 para mais de 100 países. Os principais mercados externos da Kombi foram Argélia, Argentina, Chile, Peru, México, Nigéria, Venezuela e Uruguai.

Em 1975, a Kombi passou por uma reestilização e também teve a cilindrada do motor ampliada para 1.600 cm³. A potência bruta era de 58 cv. Três anos mais tarde, esse motor 1.6l ganhou dupla carburação, o que aumentou sua potência bruta para 65 cv.

A opção com motor 1.6l a diesel surgiu em 1981. Com quatro cilindros em linha e refrigerado a água, esse motor desenvolvia potência de 60 cv e era oferecido para as carrocerias furgão e pick-up – a opção cabine dupla também foi introduzida naquele mesmo ano.

Em 1982 foi introduzida a versão movida a etanol do motor 1.6l. Com taxa de compressão de 10:1 e novo coletor de admissão, entre outras modificações, o motor desenvolvia potência de 56 cv.

No ano seguinte, a Kombi ganhou painel e volante novos, além da alavanca do freio de mão, que sai do assoalho e passa para debaixo do painel. As versões a diesel e cabine dupla incorporaram novidades e itens de conforto como cintos de segurança de três pontos, bancos dianteiros com encosto de cabeça e temporizador para o limpador do para-brisa, entre outros.

A Kombi foi o primeiro utilitário nacional equipado com catalisadores, em 1992. Naquele ano também foi introduzido o sistema de servo-freio a vácuo, incluindo discos na dianteira e válvulas moduladoras de pressão para as rodas traseiras.

Em 1997 chegou a Kombi Carat, que apresentava soluções como teto mais alto (recurso que passou a ser adotado em toda a linha), porta lateral corrediça e a ausência da parede divisória atrás do banco dianteiro. As mudanças foram realizadas sem abrir mão da versatilidade e da economia exigidas por seus fiéis consumidores. A potência do motor 1.6l era de 52 cv.

No fim de 2005, a Kombi se tornou flexível, recebendo o motor quatro-cilindros 1.4 Total Flex da família EA111, capaz de rodar com gasolina, etanol ou qualquer mistura dos dois combustíveis. Com arrefecimento a líquido, o modelo se tornou até 34% mais potente e cerca de 30% mais econômico do que o antecessor, refrigerado a ar.

Um dos pontos fortes em sua comercialização sempre foi a fácil adaptação para os mais diversos tipos de uso: a Kombi foi usada como ambulância, viatura policial, veículo do Corpo de Bombeiros, veículo de lazer, escritório volante, biblioteca circulante, carro funerário, lanchonete e até carro de reportagem de televisão e rádio, entre muitas outras versões.

Confira o vídeo: http://www.youtube.com/watch?v=I_B4-UjQtD8

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