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quinta-feira, 27 de junho de 2013

Onde estão nossos esportivos? – parte 1

Quem vai a qualquer loja e dá uma boa olhada nos carros da vitrine, especialmente nos últimos anos, pode notar claramente como o tema carro-esporte é negligenciado no país. Duas palavras, muitos significados.
Em primeiro lugar quero deixar claro que a idéia de esportividade não significa obrigatoriamente duas centenas de cavalos no motor. O verdadeiro espírito está na diferenciação mecânica em relação às versões comuns, e nos detalhes que tornavam os esportivos famosos e desejados.

Vamos voltar no tempo. Mais precisamente aos anos 80. Naquela época a Volkswagen lançou o Gol GT. Pequeno, veloz e com uma agressividade latente que deixava claras as suas pretensões. A primeira impressão era causada pelas rodas Scorro, de 14 polegadas, com um desenho que fez sucesso em toda a década, seguida pelos faróis auxiliares na dianteira.

Quer mais? O interior esbanjava estilo, os bancos Recaro impressionavam e o volante com quatro botões virou febre nacional. Bastava girar a chave para notar outra coisa. Melhor dizendo, escutar. O ronco do AP era escutado com clareza através do escapamento de dupla saída, quase visceral, coisa linda de se ouvir em uma esticada rápida.

O coração da máquina era de 1,8 litro, exclusivo do GT e que seria o mesmo da linha Santana, mas com comando de válvulas do Golf GTI europeu, despejando oficialmente 99 cv brutos. A suspensão recebeu amortecedores mais firmes, proporcionado excelente dirigibilidade em curvas.







Seu concorrente direto, apesar de perder em desempenho, era o Escort XR3. A minha geração preferida é a primeira, lançamento mundial da marca. O capricho desses carros é incrível. Teto-solar, algo que felizmente vem se popularizando no Brasil, quatro faróis auxiliares, lavadores de faróis, além de saias e um jogo de rodas estiloso. Ah, estava me esquecendo do volante de pequeno diâmetro.

O Ford era um pouco mais lento, mas seus diferenciais impressionavam. O propulsor CHT era equipado por um cabeçote com válvulas de 40 milímetros, comando com maior graduação, carburador Weber e coletor de escapamento especial, entregando 82 cv brutos. O câmbio tinha relações mais curtas, para privilegiar as reações rápidas.





O segundo na lista de escolhas do felizardo comprador era uma segunda opção da Volkswagen, o Passat GTS Pointer, equipado pelo mesmo bloco de 1,8 litro e 99 cv brutos. O carro tinha uma missão difícil: substituir o TS e o primeiro GTS. E fez isso com folga, exibindo um estilo muito atraente, interior caprichado com bancos Recaro e estabilidade que na época era a referência do mercado.



A Chevrolet estava pronta pra briga. Quem aí se lembra do belo Monza S/R? É difícil encontrar um deles rodando em bom estado. A versão também vinha equipada com os onipresentes bancos Recaro, painel de instrumentos na cor vermelha, spoiler traseiro e vários cuidados visuais. O motor 1.8/S ganhou carburador de corpo duplo, coletor de admissão exclusivo e 106 cv brutos. O esportivo contava ainda com câmbio de relações mais curtas, suspensão mais firme e um ronco grave inesquecível. Anos depois, ganharia o hoje velho conhecido motor 2.0.




Do lado da Fiat, o Uno 1.5 R marcava presença, especialmente no comercial de lançamento com o slogan: “Entre na Fórmula Uno”. O hatch aparecia fazendo slalom e acelerando pra valer – hoje em dia provavelmente a propaganda seria considerada ofensiva demais. O tempero do motor de 1,5 litro incluía comando de válvulas “bravo” e carburador de corpo duplo, com maior compressão. Resultado: 15 cv a mais do que a versão mais mansa. Os 86 cavalos podem parecer modestos, mas embalados num pacote ágil e leve, proporcionavam uma dirigibilidade nervosa.

Tenho a impressão de que durante essa época, quando a importação era fechada no país, a indústria tinha mais criatividade para bolar versões como essas – e quem ganhava era o consumidor, que sentia que as marcas, apesar de alinhar produtos defasados, ainda se preocupavam com os verdadeiros entusiastas.


domingo, 23 de junho de 2013

1984 Oldmobile Delta 88 Real Brougham

1984 Olds Delta 88

A década de 1980 pode ser lembrado (ou esquecido, dependendo da sua perspectiva) para uma infinidade de coisas, mas em algum lugar nessa lista é a morte do tamanho completo, com motor dianteiro, carro de luxo de tração traseira americana. Até o final da década, a pequena era a nova grande, tanto em termos de massa do veículo e cilindrada do motor e tração dianteira tinha tudo, mas ganhou-se como a plataforma de escolha entre os compradores tradicionais. De certa forma, então, este 1984 Oldsmobile Delta 88 Real Broughampara venda em Hemmings.com - que usa a sua roda de pintura, cromo e fio de cobre originais - é uma máquina do tempo de espera para tomar o seu próximo dono de volta para uma década onde o conforto governou eficiência de combustível e "estilo de vanguarda" não era um ponto de venda para demográfico principal da Oldsmobile. Da descrição do vendedor:

''Esse bom velho Delta 88 Royale Brougham está em excelente estado, sem corpo ferrugem e interior é limpo e macio. O Royale Brougham era o início da linha na sua vez. Já tive esse carro desde 2006 e têm colocado em apenas 11.500 desde que eu comprei. Foi armazenado dentro o tempo todo eu possuí-lo e nunca conduzido no inverno. É um carro de estrada maravilhosa.Tem controle de cruzeiro, rádio AM / FM, A / C, antena elétrica, bancos elétricos, roda de inclinação e liberação do tronco remoto. Aqui está um carro que não só parece ótimo, com muitos cromados e brilhante pintura original, mas corre pela estrada como um sonho. Os pneus são bons com dois novos logo após a compra. Roda de arame cobre realmente definir o carro e tem um teto de vinil que está em perfeitas condições. Você não vai se decepcionar com este!''
 





sábado, 15 de junho de 2013

Mercedes-Benz SLK 55 AMG


Caçula endiabrada



. Ao se tornar uma 55, a pequena SLK não foge à regra: ela ganha um motor V8 de 5.5 litros que entrega 421 cv e brutais 55,1 kgfm de torque – é o mesmo usado nas AMG mais fortes, só que sem turbo. Tudo isso com a opção de andar sem capota. Entendeu por que fiquei de cabelo armado?



 “Nada de desligar o ESP!”, avisavam os caras estavam certos, pegou pesado ao dar tanto poderio para essa nave. Não fossem os controles eletrônicos segurando o ímpeto dos 421 cv despejados nas rodas traseiras, em alguma hora ela ia fazer a gente ver o mundo ao contrário. Como não queria correr esse risco (vai que ela não me liga mais?), só acompanhava a luzinha do ESP piscando desesperadamente enquanto eu ficava o pé no acelerador nas saídas de curva da pista.

A primeira coisa que me chamou atenção foi como a SLK 55 é comedida nos gastos. O “V8tão” tem até sistema start-stop, que desliga o motor nas paradas de semáforo e do trânsito. Na cidade, foram bons 7,5 km/l de consumo médio – lembrando que ela só bebe gasolina, e de preferência Premium. Esse apetite moderado, junto com a vontade de ver qual era a dela na estrada, me levaram a viajar até Juquehy, uma simática cidade de praia no litoral norte paulista. E eu não estava errado: no trecho rodoviário consegui média de 11,1 km/l.



Com a capota baixada, a capacidade diminui de 335 para somente 225 litros no porta-malas. Depois, comentou da suspensão dura e dos rodões aro 18. “Nossa, ela bate em qualquer buraquinho”. Sim, não tem jeito. Só sendo firme assim para acompanhar os 421 cv quando eu resolvesse meter o pé no meio de uma curva. Mas logo o asfalto da estrada chegou, muito mais bem tratado que o da cidade, e as coisas ficaram mais divertidas. Vamos acel…ops, antes tenho de parar no acostamento – para abrir a capota, que não aceita a operação a mais de 5 km/h.

A abertura é “espetaculosa”: um engenhoso sistema elétrico dobra e guarda a capota rígida no porta-malas em 20 segundos. Se você fizer isso no meio do trânsito, junta gente em volta. Capota guardada, vamos em frente. Ao ar livre, não sei o que empolga mais: o vento no rosto ou o V8 borbulhando ali atrás pelas quatro saídas de escape. Um ronco forte, estrondoso até, que arrepia mesmo os mais enturmados com a coisa. E como essa SLK anda! Bom, nem preciso dizer que as ultrapassagens soavam como covardia para os demais carros – 80 a 120 km/h em 3,1 segundos! Bastava afundar o acelerador, puxar a direção para o lado e ver o mundo ficando para trás. Em nossas medições, as passagens com o ar-condicionado ligado não fizeram a mínima diferença (por isso o N/A na ficha de testes).



Trocando o modo “Comfort” do câmbio para “Sport” e logo notei a SLK mais nervosa. Em vez de deixar o câmbio automático em marchas altas (são sete), a opção esportiva mantém sempre marcha baixa e o giro elevado, para prontas respostas. Cuidado: a 120 km/h, essa AMG parece devagar, e o velocímetro está com agulha apenas reta – só começa a subir acima disso. Só que a velocidade cresce assustadoramente mesmo que você já esteja acima do limite legal, com o motor engolindo marcha e fazendo um estrondo a cada troca. Para se ter ideia do poderio dessa “Merça”, nosso teste de 0 a 100 km/h levou somente 5,4 s!

O modo mais divertido é o “manual”. Aí você comanda as sete marchas com puxadas nas belíssimas alavancas de metal (que lembram as das Ferrari) atrás do volante. Funciona bem numa condução esportiva, e as mudanças são até rápidas nas subidas de marcha, mas nada que se compare a um sistema de dupla embreagem – coisa que a AMG só oferece no top SLS. Da mesma forma, o câmbio automático da Mercedes não aceita reduções radicais, exigindo que se deixe cair mais o giro antes de executar a manobra.



Com os controles ligados, a estabilidade dá e sobra. Mesmo em condições de chuva, a alemã se mostrou sempre à mão e bem presa ao chão. Apesar de longa, a dianteira é obediente e a direção pesada ajuda a manter as coisas em ordem quando se está rápido, embora pudesse ser um pouco mais comunicativa. A suspensão firme garante que a carroceria não balance muito nos desvios velozes e nem incline nas curvas. Mas a SLK 55 é tão forte que a traseira rabeia nas arrancadas, ainda que a eletrônica esteja ativa. Com o ESP desligado, é preciso perícia (e uma pista fechada) para encontrar o ponto de fazer uma derrapagem controlada ou protagonizar uma bela rodada.



Passando do lado nervoso para o luxuoso da coisa, a SLK encanta pelo painel finamente revestido de couro e pelo farto uso de alumínio, sem falar nos bancos com múltiplos ajustes elétricos. O sistema de som também é chique e potente, da Harman/Kardon, mas confesso que usei pouco – preferi o ronco do V8. O equipamento mais bacana desse roadster, no entanto, é o chamado airscarf, um sistema de ar quente com saídas na altura da nuca dos ocupantes. Assim, você pode andar de capota aberta mesmo em dias frios.



Com quebra-molas inversamente proporcionais ao tamanho da cidade, a 55 AMG me surpreendeu pela forma como superou os obstáculos. Nada de pegar a dianteira baixa ou as saias laterais – apenas algumas leves raspadas embaixo. O único incômodo a bordo eram as chacoalhadas da cabine ao passar nos pisos ruins, mas aí não é culpa do carro, passar com um esportivão de US$ 239.900 (pouco mais de R$ 480 mil) naquele lugar. No geral, dá para dizer que essa AMG encara uma utilização diária numa boa, com muito desempenho e o apelo irresistível da curtição a céu aberto. Para os dias de fúria, porém, a AMG favorita ainda é outra – a C63 Black Series. Mas deixa eu falar isso baixo para a SLK 55 não ficar com ciúme…




Ficha técnica – Mercedes-Benz SLK 55 AMG


Motor: dianteiro, longitudinal, oito cilindros em V, 32 válvulas, 5.461 cm3, comando duplo variável, gasolina; Potência: 421 cv a 6.800 rpm; Torque: 55,1 kgfm a 4.500 rpm;Transmissão: câmbio automático de sete marchas, tração traseira; Direção: hidráulica;Suspensão: independente com paralelogramos deformáveis na dianteira e na traseira; Freios:discos ventilados nas quatro rodas, com ABS; Rodas: aro 18 com pneus 235/40 na frente e 255/35 atrás; Peso: 1.610 kg; Capacidades: porta-malas 335/225 litros, tanque 70 litros;Dimensões: comprimento 4,146 mm, largura 1,817 mm, altura 1,300 mm, entreeixos 2,430 mm

Medições – valores entre parênteses se referem ao teste com ar-condicionado ligado


Aceleração
0 a 60 km/h: 2,8 s (N/A)
0 a 80 km/h: 3,9 s (N/A)
0 a 100 km/h: 5,4 s (N/A)

Retomada40 a 100 km/h em Drive: 4,2 s (N/A)
80 a 120 km/h em Drive: 3,1 s (N/A)

Frenagem
100 km/h a 0: 38,6 m
80 km/h a 0: 24,6 m
60 km/h a 0: 13,6 m

Consumo
Ciclo cidade: 7,5 km/l
Ciclo estrada: 11,1 km/l

Números do fabricanteAceleração 0 a 100 km/h: 4,6 s
Consumo cidade: 8,3 km/l
Consumo estrada: 16,1 km/l
Velocidade máxima: 250 km/l (limitada)

terça-feira, 11 de junho de 2013

Motores turbinados já são maioria entre os melhores do Mundo





Oito entre os dez melhores motores do mundo são equipados com sistema de turboalimentação, aplicado com o objetivo de ampliar a eficiência energética, reduzir o consumo de combustível e a emissão de CO2, e aumentar o desempenho dos automóveis.
Para José Rubens Vicari, diretor-geral da Honeywell Transportation Systems, fabricante de turbos Garrett, essa ampla superioridade confirma a tendência de que o mundo automobilístico já vive a era do turbo para atender as legislações internacionais de preservação ambiental e obter maior eficiência energética. No caso do Brasil, também atingir as novas metas estabelecidas pelo recente programa Inovar-Auto do governo brasileiro.
Os dez melhores motores do mundo foram eleitos por um júri formado por 87 jornalistas especializados de 35 países, inclusive do Brasil, convidados pela revista Engine Technology International, da Inglaterra, em evento que chegou à sua 15ª. edição e à primeira com maioria dos motores turboalimentados. O Brasil foi representado pelos jornalistas Bob Sharp, Bóris Feldman, Fernando Calmon, José Roberto Nasser e Tarcísio Dias.
Vicari acrescenta que o turbo também estará de volta à Fórmula 1, a partir da próxima temporada, e em motores de automóveis brasileiros. “Junto com as fábricas de automóveis, a Honeywell Turbo Technologies trabalha no desenvolvimento de turbos para motores brasileiros a gasolina, etanol e flex, com lançamentos que deverão ocorrer já em 2016”, acrescenta Vicari.
O executivo explica que os fabricantes brasileiros de turbos até agora estiveram praticamente restritos ao segmento de motores a diesel, para veículos comerciais e máquinas agrícolas, em consequência da proibição do uso desse combustível em automóveis. “Com o programa Inovar-Auto, os turbos serão componentes importantes para os motores brasileiros, o que, inicialmente, irá triplicar o atual volume de produção em torno de 500 mil unidades/ano e colocar o Brasil no mesmo nível dos mercados internacionais.

Os melhores motores

Motor do ano
Ford EcoBoost – 1.0 3 cilindros turbo
Novo motor
Volkswagen 1.4 TSI turbo
Motor “Verde”
Fiat 0,875 cm3 2 cilindros – turbo
Motor até 1.0
Ford EcoBoost 1.0 3 cilindros turbo
Motor de 1.0 a 1.4
Volkswagen 1.4 TSI Twincharger
Motor 1.4 a 1.8
BMW-PSA 1.6 turbo
Motor 1.8 a 2.0
BMW 2.0 biturbo
Motor 2.0 a 2.5
Audi 2.5 5 cilindros turbo
Motor 2.5 a 3.0
Porsche 2.7 6 cilindros
Motor 3.0 a 4.0
McLaren 3.8 V8 biturbo
Motor de Performance
Ferrari 6.3 V12

sábado, 8 de junho de 2013

Restaurar Gramma 1967 Coronet de Dodge?





Uma pergunta sera que vale apena restaurar o esse 1967 de Dodge Coronet conversível, ele permanece em estado original (além do rádio) e funciona bem, mas tem problemas de ferrugem. mas isso faz parte...

É totalmente original, exceto para o rádio. foi retirado o rádio original e colocaram um de fita cassete. pensando que tirá-lo e colocar o rádio original de volta para ele vai resolver essa questão.

Foi garagem manteve toda a sua vida, no entanto, ainda há ferrugem nos painéis de cadeira de balanço e em uma das portas. O interior cromo é um pouco corroído, a guarnição exterior está em boa forma. Ele tem alguns amassados, mossas e riscos, no entanto, nunca foi destruído. A única coisa importante que aconteceu com ele, como um galho de árvore caiu sobre ele e quebrou o pára-brisa e colocar um dente na porta.








terça-feira, 4 de junho de 2013

Este violento acidente mostra por que autódromos não são lugares para SUVs

Parte da reputação de Nürburgring se deve ao fato de que qualquer um com uma carteira de habilitação, um carro e 34 dólares pode dar uma volta no histórico autódromo em dias comuns. Embora o passeio pelo traçado Norte em alta velocidade seja um dos maiores desejos gearheads, a realização desse sonho às vezes se transforma em um pesadelo.


Como você pode ver neste vídeo, é exatamente como acabou a viagem do dono deste Honda CRV. Ao sair da famosa Eiskurve – que significa “Curva do Gelo”, em alemão, por motivos evidentes no vídeo – em alta velocidade, o SUV desgarra e acaba em uma batida que é preciso ver para crer.

De acordo com a descrição do vídeo no YouTube, tanto motorista quanto o passageiro estão “relativamente bem” depois do acidente, o que é um pouco difícil de acreditar depois de ver este vídeo impressionante.

segunda-feira, 3 de junho de 2013

História do Chevrolet Chevelle





Novamente em foco, no filmeVelozes e Furiosos 4, sendo pilotado pelo ator Vin Diesel, oChevrolet Chevelle foi criado visando o publico mais jovem.

Como a Chevrolet em 1963 havia lançado o Chevy II e percebeu que existia uma lacuna no seguimento dos médios. Foi então com receio de perder uma grande fatia do mercado para a Ford, American Motors e Chrysler em 1964 lançou o Chevelle.

O carro veio com muitas variações de versões que incluíam o esportivo SS, o Malibu, o 300, um conversível e uma Perua. E ainda tinha as opções de 2 ou 4 portas uma grande variedade de motores, indo de seis-cilindros básico, com cilindrada de 3,2 a 3,8 litros, V8 de 283 pol3 e até o small block 327, de 5,36 litros, que entregava entre 250 a 300 cv.


No ano de 1965 surge as primeiras modificações, o Chevelle recebe novas lanternas traseiras, uma nova grade e o motor big block, de 6,5 litros. Foi justamente com este motor que ele entra para o Hall dos muscle-cars. O carro era bem visto podia ser usado pela família ou também usado pelos jovens nas provas de arrancadas.
Em 1966 teve seu estilo todo modificado tendo alterações no teto, pára-lamas, grade, faróis e lanternas. Tornava-se mais longo e aerodinâmico.
O SS tinha três opções de motores o L35 básico, de 325 cv a 4.800 rpm e 56,6 m.kgf de torque; o L34, de 360 cv a 5.200 rpm e 58 m.kgf, com um comando mais bravo e carburador de maiores dimensões; e o topo-de-linha L78, de 375 cv a 5.600 rpm e 57,3 m.kgf de torque. Dentro do pacote Z16 havia ainda a opção de tuchos mecânicos, para trabalhar em rotações mais altas, coletores de escapamento redimensionados, válvulas de cabeçote do 427, taxa de compressão de 11:1, coletor de admissão em alumínio e um carburador Holley com capacidade de 800 cfm.
O SS passou a ser chamado de SS 396 para separa-lo dos outros SS’s. Fora redesenhado, com novos pára-choques e duas entradas de ar falsas no capô, que virou marca registrada da versão.



Em 1967 surgiram os novos motores com seis cilindros (3,8 e 4,1 litros), o V8 básico 283 (4,6 litros), passando pelos small blocks 327, de 275 a 325 cv, e as mesmas opções para o 396 (L35, L34 e L78). Pneus mais largos em rodas de 14 pol e freios a disco dianteiros. A transmissão automática Turbo Hydramatic, de três velocidades, passava a ser alternativa à Powerglide de duas marchas e às manuais de três e quatro marchas.
Em 1968 o Chevelle já não tinha semelhança com seus antecessores tinha o capo mais longo, teve o entreeixos reduzido os motores 6 cilindros e V8 continuavam os mesmos, só os small blocks que vieram com algumas diferenças.



Em 1969 surgiu o motor 396 L89, que era o mesmo 396 L78, porém em alumínio. O estilo mudou apenas os pára-choques e os faróis. Os seis-cilindros e o V8 307 continuavam em produção, mas o 327 deixava a linha de todos os Chevrolets para dar lugar ao clássico 350 (5,7 litros), com potência de 250 a 300 cv, este com carburação quadrijet.
Os big blocks continuavam com a denominação 396, embora tivessem sido modificados para 402 pol3 (6,6 litros). A Chevrolet, depois de gastar muito em publicidade, decidiu manter o número, pois a denominação SS 396 estava disponível para todos os modelos, como o Malibu Sport Coupé, o Chevelle 300 com ou sem coluna central e até mesmo o picape El Camino.



O ano de 1970 foi o auge de desenvolvimento do Chevelle. Foi um modelo único, fabricado somente nesse ano, com linhas “musculosas”, grade reta com quatro faróis incorporados aos pára-lamas e lanternas traseiras quadradas integradas ao pára-choque.
Todos os motores eram os mesmos, menos o L35, que deixava de ser produzido. Mas passava a equipar o Chevelle um dos maiores big blocks utilizados na indústria até então: o LS5 454 (7,4 litros) de 360 cv a 5.400 rpm e 69,1 m.kgf (500 libras-pé) de torque a 3.200 rpm. Derivado do V8 427, tinha maior curso dos pistões; por isso oferecia menos potência do que o L78 e o L89, mas com mais torque, como preferem os americanos.
Ainda em 1970 o Chevelle ganhava um “irmão” mais elegante: o Monte Carlo. Pensando em retornar às competições, a Chevrolet havia descartado o uso do Impala, pois precisava de um carro menor e mais ágil. Decidiu então desenvolver um duas-portas com sua classe na plataforma do Chevelle de quatro portas. Suas linhas eram elegantes e até hoje possui o maior capô já utilizado em um carro da General Motors.
Em 1971 foi um dos piores para a industria automobilística americana. A poluição nos grandes centros tornava-se preocupante e o governo tomava decisões drásticas. As companhias de seguro estavam muito descontentes com a “febre” dos muscle-cars, carros de centenas de cavalos sob o capô, mas com freios e suspensão subdimensionados, que não raro resultavam em graves acidentes.
Em 1972 a situação ficava ainda mais crítica: a versão SS passava a ser apenas um pacote de opcionais para qualquer Chevelle V8. O resultado podia ser visto em Chevelles SS com motor 307 V8 de 130 cv líquidos. Deve-se observar que, por decisão do governo americano, a partir do ano-modelo 1972 todo fabricante passava a informar a potência e o torque líquidos em vez dos brutos, obtidos segundo a norma J1349 da SAE (Society of Automotive Engineers, sociedade de engenheiros automobilísticos). A mudança, por si só, representava cerca de 35% de redução nos valores numéricos.
Em 1973 marcou o fim da estrada para a versão SS. A popularização do pacote SS fora tal que estava disponível até mesmo para a perua Chevelle de cinco portas. O carro perdia muito em estilo, com linhas nada harmoniosas. O golpe final seria dado com a crise do petróleo naquele ano, abrindo caminho para que os eficientes japoneses tomassem de vez o mercado americano. O L65 possuía apenas 145 cv a 4.000 rpm.



Em 1974 a versão Laguna substituía a SS como topo de linha. Como atrativo trazia os assentos dianteiros giratórios, fazendo do Chevelle mais um carro de luxo no mercado. Apesar disso, as vendas começavam a aumentar por causa de seu retorno às pistas em 1975, quando a Chevrolet colocava no mercado o Laguna S. A maior novidade era o estilo aerodinâmico do capô, antecipando algumas tendências de estilo vistas no Camaro.
Apesar do sucesso nas pistas, que aumentava as vendas com base na filosofia americana do win on Sunday, sell on Monday (vença no domingo, venda na segunda-feira), a prioridade da Chevrolet era conforto, não desempenho. Descaracterizado como produto, a situação continuou até 1977, quando o nome Chevelle deixou de existir, dando lugar ao Chevrolet Malibu. Mais compacto e leve, ele continuou a saga com os derivados do Chevelle, como o El Camino e o Monte Carlo. Este recebia como herança o lugar do Chevelle na NASCAR, a categoria americana de carros de passageiros altamente modificados, posto que ocupa até os dias de hoje.